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Varejo de alimentos: BTG recomenda Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3)

Varejo de alimentos: BTG recomenda Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3)

O BTG Pactual (BPAC11) publicou nesta segunda-feira (20) os relatórios, referentes aos números operacionais do primeiro trimestre de 2021, de três empresas do setor varejista: Assaí (ASAI3), Carrefour (CRFB3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). Dessas, Assaí é a top pick do BTG no segmento.

Segundo os documentos, a instituição financeira recomenda a compra de ações da Assai e do Carrefour pelos respectivos preços-alvos: R$ 19,00 e R$ 27,00. 

De acordo com o banco apesar “de novamente impactados pela alta da inflação no trimestre e pelo fim do Auxílio Emergencial (Coronavoucher) em outubro passado, que levou a um trade-down (troca por produtos mais baratos) por parte dos consumidores no período, Assaí e Carrefour apresentaram números melhores (acima de nossas estimativas), acelerando significativamente em relação aos trimestres anteriores”.

Já em relação ao Grupo Pão de Açúcar, o BTG  manteve-se neutro, uma vez que a companhia apresentou resultados modestos, embora esse desfecho já fosse esperado. 

Assaí (ASAI3)

O relatório BTG mostra que a Assaí registrou números operacionais sólidos no primeiro trimestre de 2022. Conforme indica o documento, esses resultados estão um pouco acima das expectativas do banco “apesar da base comparativa difícil, o fim do Auxílio Emergencial (Coronavoucher) em outubro passado e a alta da inflação de alimentos no período”. 

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Segundo a instituição financeira, as venda líquidas da empresa Assaí subiram 21% a.a para R$ 11,4 bilhões, 3% superior à previsão do banco, com SSS elevando 6,7% (70bps acima da expectativa). Esses números evidenciam a boa recuperação da empresa, depois de uma retração de 3,1% a.a no último trimestre de 2021. 

Nos três primeiros meses do ano, a Assaí abriu quatro novas lojas, sendo duas na região Norte e duas no Nordeste do país. Com isso, a companhia inaugurou 32 novas lojas em um ano, o que propiciou um salto de 22% na área de vendas. 

Carrefour (CRFB3)

Os números operacionais do primeiro trimestre deste ano revelam que o Carrefour obteve um crescimento no SSS no setor de alimentos de 7,3% a.a, 310 bps acima da projeção do banco, o que proporcionou uma elevação das vendas de 14,5% a.a, (5% superior à estimativa da instituição financeira). 

Em relação ao SSS Atacadão, a alta foi de 8,5%, número superior à expectativa do BTG (5,3% a.a). Como consequência disso, as vendas subiram 18,6% a.a (5% acima da projeção do banco). Segundo o relatório, o crescimento foi impulsionado pela abertura de 37 lojas nos últimos 12 meses, além de três novos pontos de atacado – canal que representa 12% das saídas do formato. 

Quanto ao SSS de varejo, a empresa mostrou evolução de 0,6% a.a, abaixo da previsão do BTG, que era de 1,4%. Além disso, registrou crescimento de 8,4% a.a do setor de alimentos e inclinação de 5,2% da divisão de não alimentos. 

No que refere-se a sua plataforma digital, o Carrefour assinalou um GVM de R$ 1 bilhão, um crescimento de 51% a.a. De acordo com o documento do BTG, a operação de marketplace representou 19% do volume bruto de mercadorias, enquanto o e-commerce de alimentos teve alta de 153% a.a para R$ 15,8 bilhões. 

E sobre o departamento de financiamento ao consumidor  (CSF), a instituição financeira destaca que “o Carrefour registrou um crescimento de 11% a/a no faturamento para R$ 11,9 bilhões, impulsionado pela expansão de 15% a/a no Cartão Atacadão (35% do faturamento total). O faturamento do cartão de crédito Carrefour cresceu 8% a/a, enquanto a carteira de crédito total cresceu 14% a/a para R$ 15,8 bilhões”. 

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)

Segundo o relatório BTG, as vendas brutas do Grupo Pão de Açúcar foram de R$ 4,2 bilhões, o que representou uma perda de 2,4% a.a (em linha com a previsão do banco), com o SSS aumentando 1,0% ex-postos de gasolina, ou -0,9% incluindo postos de gasolina. Em caso de inclusão dos postos de gasolina, a queda foi de 0,9%, abaixo da expectativa de SSS da instituição financeira (-1,6%). 

De acordo com o documento, esse resultado foi impactado por paralisações em razão de ajustes logísticos, além das transferências de lojas de hipermercados para o Assaí, que serão contabilizadas nos trimestres subsequentes. 

Por outro lado, o grupo obteve ganhos no formato bairro. Conforme aponta o relatório, esse SSS apresentou elevação de 5,5%. Enquanto isso, o SSS de Pão de Açúcar teve perda de 0,1%. 

Com a venda dos hipermercados e a interrupção desse formato, 48,7% das saídas do grupo passaram a ser do modelo premium. 

Em relação ao e-commerce, o Grupo Pão de Açúcar registrou um aumento de 44% a.a das vendas, o que significa 9,9% das vendas de alimentos da companhia no Brasil. Além disso, em outra frente, o relatório diz que “as vendas do Grupo Éxito totalizaram R$ 6,9 bilhões (5,2% a/a e 20,3% em moeda constante), com SSS crescendo 20,8% a/a. Em uma base consolidada, o faturamento foi de R$ 11,1 bilhões, 2,2% a/a e 3% acima de nossa projeção”.

BTG tem perspectiva positiva para o setor

O BTG destaca que os últimos anos foram marcados por ciclos de aumento de volumes e redução de preços, e vice-versa, no setor de varejo de alimentos, o que pressionou margens e crescimento. 

No entanto, o segmento foi beneficiado pelo impulso do Coronavoucher em 2020, criando um cenário raro de preços e volumes mais altos. Apesar disso, o segundo semestre do ano passado trouxe um forte ponto de inflexão, uma vez que o fim do auxílio emergencial em outubro e a inflação elevada em alguns alimentos pressionaram o lado da demanda. 

Contudo, os resultados do primeiro trimestre deste ano oferecem uma perspectiva mais positiva para o segmento. Além disso, o banco ressalta que a desaceleração da inflação, no segundo semestre, deve contribuir para melhores resultados dos próximos trimestres. 

Sobre o desempenho das empresas, o BTG acredita que, mesmo com o forte desempenho do Carrefour de janeiro a março, “esse fato já está precificado (CRFB3 45% no acumulado do ano)”. Além do mais, certifica que o Assaí “continua sendo a nossa top pick no segmento, combinando a expectativa de aceleração do SSS e os resultados iniciais das 70 conversões de lojas Extra nos próximos dois anos, ainda negociando com um valuation atrativo (11,5x P/L 2023)”.