Principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa encerrou a semana com queda de 3,37%, cotado a 77.556 pontos.
Dessa forma, a bolsa encerra a primeira metade de maio com queda acumulada de 3,66%. Em 2020, recua 32,94%.
Nesta sexta-feira (15), o Ibovespa registrou perdas de 1,84%, novamente impulsionado pelo cenário político.
Enquanto na véspera a reaproximação entre os presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, animou os mercados, hoje foi a demissão do ministro da Saúde que trouxe preocupação entre os investidores.
Durante coletiva, Nelson Teich evitou citar os motivos de sua saída.
Porém, o ex-ministro vinha se posicionando contrariamente a Bolsonaro em temas como isolamento social e uso da cloroquina.
Assim, o volume financeiro negociado no Ibovespa nesta sexta-feira foi de R$ 29,05 bilhões.
Na mínima, o índice atingiu 77.426 pontos (-2,00%), e na máxima 79.538 pontos (+0,67%).
Já o dólar, fechou a sexta-feira com alta de 0,34%, cotado a R$ 5,8380 na compra e a R$ 5,8390 na venda.
Nesta sessão, chegou a avançar, na máxima, a R$ 5,8737.
Em doze meses, a moeda americana acumula alta de 46,10%.
Bolsa exterior
Lá fora, as bolsas americanas fecharam em alta nesta sexta-feira, mesmo após dados econômicos negativos da maior economia mundial.
Enquanto a produção industrial teve seu pior desempenho em 100 anos, as vendas do varejo recuaram 16,4% em abril.
Por outro lado, depois de uma queda recorde em abril, o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de maio subiu 1,9 ponto.
Brasil
Pela manhã, o Banco Central divulgou o Índice IBC-BR, considerado uma prévia do PIB, que registrou queda de 5,9% em março.
Em fevereiro, o índice teve alta de 0,32%. Sobre março de 2019, houve recuo de 1,52%. Apesar de negativo, o resultado era esperado pelo mercado.
A bolsa brasileira reage ainda aos diversos balanços de empresas divulgados entre a noite de ontem e hoje referentes ao primeiro trimestre do ano.
Ações
Das 75 ações que compõem o Ibovespa, 59 fecharam em baixa e 16 em alta.
A sessão foi marcada pela divulgação na véspera de diversos resultados, alguns deles com prejuízos bilionários, como Petrobras e Suzano.
- Petrobras (PETR4) teve prejuízo de R$ 48,523 bilhões, contra lucro de R$ 8,153 bilhão
- Suzano (SUZB3) reportou prejuízo 10,9 superior, para R$ 13,419 bilhões.
- Sabesp (SBSP3) reverteu lucro e teve prejuízo de R$ 657,9 milhões
- Petrorio (PRIO3) reverteu prejuízo e lucrou R$ 128,3 milhões
- CCR (CCRO3) registrou lucro de R$ 289,7 milhões, queda de 19,1%
- Copel (CPLE6) lucro subiu 0,98%, para R$ 510 milhões
- B3 (BESA3) teve lucro de R$ 1,025 bilhão, alta de 69,2%
- Taesa (TAEE11) lucrou R$ 364,2 milhões, alta de 128%
- Gafisa (GFSA3) teve queda de 45,1% no prejuízo, para R$ 25,4 milhões
- Eztec (EZTC3) lucrou 349% a mais e somou R$ 77,6 milhões
Maiores Altas
- Hering (HGTX3): +7,84%
- Braskem (BRKM5): +5,73%
- Totvs (TOTS3): +5,41%
- B3 (B3SA3): +4,55%
- GOL (GOLL4): +4,12%
Maiores quedas
- GPA (PCAR3): -7,93%
- Cyrela (CYRE3): -7,19%
- Gerdau (GGBR4): -6,98%
- CSN (CSNA3): -6,08%
- Sabesp (SBSP3): -5,83%
Exterior
Nova York
- S&P: +0,39%
- Nasdaq: +0,79%
- Dow Jones: +0,25%
Europa
- DAX, Alemanha: +1,14%
- FTSE, Reino Unido: +1,01%
- Stoxx 50: +0,47%
Petróleo
- Brent (julho 2020): US$ 32,89 (+5,65%)
- WTI (junho 2020): US$ 29,65 (+7,58%)