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Bolsa fica perto do zero a zero, com menos 0,08%, de olho na crise hídrica

Bolsa fica perto do zero a zero, com menos 0,08%, de olho na crise hídrica

A bolsa de valores perdeu 0,08% nesta terça-feira (29), encerrando com 127.327,44 pontos. O índice nacional ficou em linha com os mercados em Nova York, que viu seus principais índices beirarem também a estabilidade, embora no azul.

Em Nova York, os investidores ficaram de olho em dados econômicos e no avanço da variante delta do SARS-CoV2, surgida na Índia, o que tem gerado preocupações sobre a necessidade de novas restrições de circulação de pessoas.

Já os investidores brasileiros continuam preocupados com a reforma tributária, que pode mexer diretamente em suas bolsos. Mas, depois da edição da MP 1.055/21, publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) ontem (28) à noite permitindo “procedimentos competitivos simplificados”, sem especificação, para a contratação de energia elétrica, houve uma ideia da dimensão da crise hídrica.

O aumento da tarifa de energia pode impactar na inflação nos próximos meses, o que gera outro problema econômico.

Hoje, o Ibovespa apresentou na mínima 126.184,05 pontos (-0,98%); e na máxima, 127.507,18 pontos (+0,06%).

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O volume financeiro negociado foi de R$ 27,600 bilhões.

Confira a evolução do Ibovespa na semana, em cada fechamento de sessão:

  • segunda-feira (28): +0,14% (127.429,17 pontos)
  • terça-feira (29): -0,08% (127.327,44 pontos)
  • semana: +0,06%
  • junho: +0,88%
  • 2021: +6,98%

Juros

  • D1F22: -0,89% para 5,59%
  • D1F23: -1,14% para 6,95%
  • D1F24: -1,04% para 7,59%
  • D1F25: -0,75% para 7,95%
  • D1F26: -0,73% para 8,18%
  • D1F27: -0,83% para 8,41%
  • D1F28: -0,46% para 8,59%
  • D1F29: -0,68% para 8,70%
  • D1F30: -1,68% para 8,80%
  • D1F31: -0,78% para 8,92%

Dólar

O dólar teve uma leve alta nesta terça. A moeda norte-americana subiu 0,28% e passou a valer R$ 4,9419.

  • segunda-feira (28): -0,19% a R$ 4,9283
  • terça-feira (29): +0,28% a R$ 4,9419
  • semana : +0,09% a R$ 4,9419

Euro

  • segunda-feira (28): -0,26% a R$ 5,8719
  • terça-feira (29): +0,05% a R$ 5,8748
  • semana: -0,21% a R$ 5,8748

Criptomoedas*

  • Bitcoin: +8,07% a R$ 179.836,93
  • Ethereum: +7,46% a R$ 10.978,05
  • Tether: +1,90% a R$ 4,94
  • Cardano: +7,16% a R$ 6,89
  • Binance: +6,95% a R$ 1.516,71

*(variação nas últimas 24h – corte: 17h)

Bolsa em Nova York e cenário mundial

Os índices em Wall Street subiram nesta terça, embora bem próximos da estabilidade.

A CNBC alerta que o mercado teve uma série de altas recordes nas últimas semanas, mas os ganhos foram relativamente modestos e alguns estrategistas apontaram para a amplitude do mercado fraca.

No entanto, a amplitude e a volatilidade diminuídas podem simplesmente ser uma pausa natural durante os meses de verão, antes da parte movimentada da temporada de lucros.

A boa notícia do dia veio com o Índice de Confiança do Consumidor, dos Estados Unidos, que atingiu em junho o mais alto nível desde março do ano passado. O índice chegou atingiu 127,3 pontos, ante 120 pontos da leitura passada – revisto para cima.

Os dados foram divulgados pelo Conference Board, nesta terça-feira (29). A avaliação dos consumidores sugerem que a economia norte-americana pode avançar para um fortalecimento no segundo trimestre.

Lynn Franco, diretora Senior de Indicadores Econômicos do Conference Board, o otimismo de curto prazo dos consumidores se recuperou. Esta avaliação é impulsionada pelas expectativas de que as condições de negócios e suas próprias perspectivas financeiras melhorem.

As preocupações com a rápida disseminação da nova variante do delta da Covid-19, altamente contagiosa, abalaram o sentimento nos mercados da Ásia-Pacífico, com vários países da região lutando contra surtos, mas não mudaram hoje os humores na Europa, que teve índices no positivo.

Por lá, os legisladores do Banco Central Europeu começaram uma discussão pública sobre quando e como encerrar o maciço programa de compra de títulos de emergência lançado no ano passado, para apoiar a economia da zona do euro durante a pandemia.

O sentimento econômico da zona do euro atingiu a maior alta de 21 anos neste mês de junho, com a reabertura aumentando o otimismo, de acordo com a pesquisa mensal de sentimento da Comissão Europeia. O sentimento econômico subiu para 117,9 pontos, de 114,5 em maio, à frente de um consenso de 116,5 dos economistas, em uma pesquisa da Reuters.

Enquanto isso, as expectativas de inflação ao consumidor na zona do euro chegaram a 27,1 em junho, ante 22,2 em maio, e as expectativas de preços ao produtor aumentaram de 29,9 em maio para 36,0 em junho.

Nova York

  • S&P: +0,03%
  • Nasdaq: +0,19%
  • Dow Jones: +0,03%

Europa

  • Euro Stoxx 600 (Europa): +0,43%
  • DAX (Alemanha): +0,88%
  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,21%
  • CAC (França): +0,14%
  • IBEX 35 (Espanha): +0,02%
  • FTSE MIB (Itália): +0,52%

Ásia e Oceania

  • Shanghai (China): -0,92%
  • SZSE Component (China): -0,99%
  • China A50 (China): -1,40%
  • DJ Shanghai (China): -0,97%
  • Hang Seng HSI (Hong Kong): -1,08%
  • SET (Tailândia): +0,78%
  • Nikkei (Japão): -0,81%
  • ASX 200 (Austrália): -0,08%
  • Kospi (Coreia do Sul): -0,46%

Brasil: ambiente político e econômico

O governo federal publicou nesta segunda-feira (28) uma medida provisória (MP) para centralizar a gestão da crise hídrica, dando mais poder de atuação ao Ministério de Minas e Energia. A MP 1.055/21 foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) permitindo “procedimentos competitivos simplificados”, sem especificação, para a contratação de energia elétrica.

Assim, fica aberta a possibilidade de o governo contratar energia com caráter emergencial e sem leilão. A ideia é garantir a segurança ao sistema elétrico, especialmente em um cenário de retomada da economia, diante do avanço, mesmo que lento da vacinação, o que poderia gerar um maior consumo.

Criou-se com a MP a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), que contará com a participação do Ministério da Economia. A Creg funcionará excepcionalmente até dezembro deste ano. Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que o comando da crise “preserva as competências” de órgãos e entidades dos setores.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu hoje aumentar em cerca de 52% o custo adicional para os consumidores. O país está sob o regime de Bandeira Tarifária Vermelha 2 em julho – o que pode ser estendido para agosto ou até mesmo para o final do ano.

A Bandeira Tarifária Vermelha 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kilowatts/hora. O impacto na inflação é certo.

Os níveis dos reservatórios estão em seu pior momento em 91 anos. Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão no limite. Atualmente, contam com apenas 30,2% de sua capacidade.

O período chuvoso começa, historicamente, em novembro. Até lá, chuvas são raras.

Partindo para a Reforma Tributária, a proposta que está na discussão do Congresso Nacional faz a distribuição de lucros e dividendos passar a ser taxada na fonte em 20%, com isenção de de até R$ 20 mil por mês.

Não há isenção para pequenos investidores. Além disso, há tributação de 15% sobre fundos imobiliários.

Os investidores sentiram o baque. Mas o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que a taxação de 20% é até “pouco” e que só um governo de “coragem” para propor tal tributação – o que não deixa de ser verdade, embora seja mais fácil para um governo que teve e continua tendo amplo e declarado apoio do mercado financeiro, como é o de Jair Bolsonaro (sem partido).

Mas Guedes parece ter sido acometido de alguma razão: para ele, o Brasil sempre taxou “excessivamente” os brasileiros da faixa mais baixa de renda, enquanto os da classe mais alta não pagam impostos ao receber dividendos das empresas das quais possuem ações.

No campo político, os defensores de Bolsonaro na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação federal no combate à pandemia até tentam, mas está ficando difícil justificar o que parece injustificável.

Os irmãos Luis Miranda – um servidor público do Ministério da Saúde e outro deputado federal (DEM-DF) – denunciaram uma compra bastante suspeita de milhões de doses da vacina indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, e a primeira reação do governo foi desqualificar o servidor público. Mas o documento que o governo diz que Miranda fraudou se mostrou legítimo.

Depois, o governo tentou, de toda forma, explicar que Bolsonaro, ao ser avisado da falcatrua pelos Miranda, ao invés de ir à Polícia Federal (PF), avisou ao então ministro-general Eduardo Pazuello. O encontro com os Miranda foi no dia 20 de março e Pazuello foi exonerado dia 23 de março, de modo que seria como avisar ninguém, o que ainda cabe acusação de prevaricação.

Agora, a terceira versão dá conta de que Pazuello, antes de sair, deixou tudo ao encargo do secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, de modo que, assim, qualquer culpa recairia sobre ele, que não teria dado encaminhamento à denúncia.

Bolsonaro lava as mãos e rifa os comandados, mas a CPI promete se aprofundar no caso.

Hoje, antes do fechamento do mercado, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o ministério vai suspender o contrato-problema da Covaxin.

Olhando para os dados econômicos, novos números da inflação surgiram.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela FGV e usado no reajuste do aluguel, subiu 0,60% em junho, ante 4,10% de maio. O mercado esperava leitura maior, de 1%.

Com o resultado, o índice acumula alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. Comparativamente, em junho de 2020, o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador da pesquisa, houve uma combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes, o fez o grupo matérias-primas brutas do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado.

Já os preços na indústria desaceleraram em maio, na comparação com abril. O Índice de Preços ao Produtos (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurou uma elevação de 1%.

Na passagem de março para abril, o IPP havia crescido 2,19%. Esta é considerada a menor variação de preços no ano. No acumulado de 2021, o índice atingiu 17,58%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi de 35,86%.

Das 24 atividades medidas, 16 tiveram variações positivas em maio. A maior influência no índice veio de alimentos, que representou 0,35 ponto percentual. Esta foi seguida por metalurgia (0,25 ponto); refino de petróleo e produtos de álcool (0,18 ponto) e produtos de metal (0,09 ponto).

Bolsa: ações

Das 84 ações negociadas na bolsa, 22 subiram, 2 ficaram estáveis (HAPV3 e LCAM3) e todas as outras 60 caíram em relação à sessão anterior.

Mais negociadas

  • Vale (VALE3): R$ 112,51 (+1,73%)
  • Petrobras (PETR4): R$ 29,18 (+0,45%)
  • Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 30,15 (-0,99%)
  • Ambev (ABEV3): R$ 17,29 (-1,20%)
  • Bradesco (BBDC4): R$ 26,10 (-0,61%)

Maiores altas

  • Braskem (BRKM5): R$ 59,32 (+5,36%)
  • Banco Inter (BIDI11): R$ 73,83 (+4,13%)
  • CSN (CSNA3): R$ 44,69 (+4,13%)
  • Bradespar (BRAP4): R$ 74,63 (+2,64%)
  • Locaweb (LWSA3): R$ 27,65 (+2,10%)

Maiores baixas

  • Iguatemi (IGTA3): R$ 39,40 (-3,74%)
  • BR Distribuidora (BRDT3): R$ 26,30 (-3,52%)
  • Ultrapar (UGPA3): R$ 18,53 (-3,44%)
  • BRF (BRFS3): R$ 27,34 (-2,95%)
  • Sabesp (SBSP3): R$ 36,93 (-2,76%)

Outros índices brasileiros

  • IBrX 100: +0,14% (54.956,13 pontos)
  • IBrX 50: +0,17% (21.404,95 pontos)
  • IBrA: +0,11% (5.177,61 pontos)
  • SMLL: -0,57% (3.147,16 pontos)
  • IFIX: +1,49% (2.746,10 pontos)
  • BDRX: +0,34% (12.471,50 pontos)

Commodities

Petróleo Brent (agosto)/barril

  • segunda-feira (28): -1,64% (US$ 74,14)
  • terça-feira (29): +0,19% (US$ 74,28)
  • semana: -1,45% (US$ 74,28)

Petróleo WTI (agosto)/barril

  • segunda-feira (28): -1,54% (US$ 72,91)
  • terça-feira (29): +0,10% (US$ 72,98)
  • semana: -1,44% (US$ 72,98)

Ouro (agosto)/onça-troy

  • segunda-feira (28): -0,14% (US$ 1.780,30)
  • terça-feira (29): -0,85% (US$ 1.765,55)
  • semana: -0,99% (US$ 1.765,55)

Prata (julho)/onça-troy

  • segunda-feira (28): +0,58% (US$ 26,24)
  • terça-feira (29): -1,12% (US$ 25,93)
  • semana: -0,54% (US$ 25,93)

Com Wisir Research, BDM e CNBC