O Fundo Garantidor para Crédito à Eficiência Energética (FGEnergia) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai receber R$ 30 milhões do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).
Os recursos, do tipo não reembolsável, serão usados no apoio a projetos de eficiência energética de diferentes setores da economia, por meio da concessão de garantias, informa a Agência Brasil.
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Segundo o banco, o sistema de garantias reduz o risco de inadimplência assumido pelos financiadores.
A expectativa é aumentar o acesso do tomador ao crédito.
Garantias
“O mecanismo de garantias do fundo prevê a cobertura de parte do risco dos agentes financeiros com essas operações, por meio da concessão de garantia que poderá chegar a 80% do crédito total”, diz o BNDES em nota.
“E estará sujeita à validação de critérios técnicos do projeto relacionados à eficiência energética”, acrescenta o comunicado
Com esse volume de aporte inicial, o FGEnergia terá condição de viabilizar a geração de garantias para cerca de R$ 200 milhões em projetos de eficiência energética em todo o Brasil., destaca a instituição.
BNDES: impactos relevantes do aumento da eficiência
Entre os 29 projetos que se habilitaram no processo de priorização de recursos no 3º Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAR) do Procel, o FGEnergia desenvolvido pelo banco em conjunto com o Laboratório de Inovação Financeira (LAB), foi classificado em segundo lugar.
De acordo com o BNDES, o aumento da eficiência do sistema energético nacional provocará impactos relevantes na produtividade da economia.
Além disso, terá efeitos na redução do consumo de combustíveis fósseis e na emissão de gases de efeito estufa, colaborando para um Brasil mais sustentável.
Futura captação de recursos
Agora, que foi selecionado, o fundo deverá cumprir as fases seguintes de estruturação, aprovação interna e implementação pelo BNDES, com apoio do LAB e em parceria com a equipe do Procel.
“Em sua primeira fase de operação, o FGEnergia servirá de piloto para uma futura captação de recursos de terceiros, junto a investidores de impacto, nacionais e internacionais”.
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Para a superintendente da Área de Energia do BNDES, Carla Primavera, a experiência e abrangência da instituição nesta área será fundamental para o avanço do projeto.
Aproveitando a experiência, o FGEnergia vai agregar ainda o conhecimento técnico do banco sobre o setor de energia para validação das operações.
Isso ocorrerá mediante a aplicação de uma ferramenta de avaliação qualitativa dos projetos submetidos ao fundo pelos agentes, observou Carla.
Diálogo com fundos internacionais
O BNDES informou ainda que, ao lado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma das instituições que integram o LAB, vai trabalhar conjuntamente na captação de novos recursos para o FGEnergia.
A intenção é estabelecer diálogo com fundos internacionais com foco no combate às mudanças climáticas e no crescimento global sustentável, como o Green Climate Fund, o Sustainable Infrastructure Program e o banco de desenvolvimento alemão KfW.
O Procel foi criado em 1985 para incentivar ações voltadas ao aumento da eficiência no uso da energia e a adoção de hábitos de consumo mais conscientes.
O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobras.
*Com Agência Brasil
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