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Biden pede diplomacia na crise da Ucrânia, mas não descarta conflito

Biden pede diplomacia na crise da Ucrânia, mas não descarta conflito

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou nesta terça-feira (15) que busca uma solução diplomática para a crise envolvendo a Rússia e a Ucrânia. O líder norte-americano voltou a condenar um eventual conflito, mas não descartou que o mesmo possa ocorrer.

Em seu discurso, Biden disse que a invasão ainda é uma possibilidade e pediu para que norte-americanos que ainda se encontrem em solo ucraniano deixem o país. Apesar de ainda ser possível um ataque, ele disse que seu colega russo, Vladimir Putin, ainda busca uma solução pacífica.

Biden informou ainda que o Ministério da Defesa russo havia informado que estaria dando prosseguimento ao plano de retirar tropas da fronteira com a Ucrânia.

Biden: Otan não é inimiga da Rússia

No discurso, o presidente ainda afirmou que a Organização dos Países do Atlântico Norte (OTAN), os Estados Unidos e a Ucrânia não representam uma ameaça à segurança nacional russa.

Portanto, afirmou que, se ocorrer uma invasão, esta será por opção da Rússia e que o país europeu pode ficar mal visto perante a comunidade internacional.

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Lembrou ainda que um possível conflito pode prejudicar as obras do gasoduto Nordstream II, que liga a Rússia e Alemanha sem passar pela Ucrânia.

Por fim, Biden fez questão de advertir que, caso algum alvo norte-americano na Ucrânia for atacado, haverá retaliação.

Reação dos mercados

Em Nova York, a bolsa de valores não registrou mudança significativa com a fala de Biden. Os principais índices do país estavam mantendo a alta, logo após o fim do discurso.

O índice Dow Jones registrava elevação de 1,22%; o S&P 500, possuía variação positiva de 1,57%. Já o Nasdaq, subia 2,49%.

Entenda a tensão

A questão é geopolítica e diz respeito também ao encolhimento dos EUA como maior potência econômica e militar do planeta. Ou seja, Rússia e China se mexem para ocupar os espaços que o Tio Sam vai abrindo mão.

Outro ponto que explica toda essa situação está ligada diretamente à China que, ao que tudo indica, será a principal potência econômica e militar do planeta em poucas décadas.

Os cinco países mais ricos do mundo, segundo ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado em 2021 e com base no Produto Interno Bruto (PIB), são EUA, China, Japão, Alemanha, e Reino Unido. O primeiro registrou PIB de US$ 20,9 trilhões no ano passado, enquanto o segundo marcou US$ 14,7 trilhões.

Voltando a Hong Kong, o governo russo diz que Putin e Xi apresentarão uma declaração após o encontro sobre a “visão conjunta” que os dois países têm na área de segurança internacional e que vários acordos devem ser assinados durante a visita, inclusive um para o setor estratégico do gás.

Acontece que os EUA ameaçam a Rússia com sanções econômicas, caso esta invada a Ucrânia, sendo uma delas o cancelamento por parte da União Europeia do abastecimento de gás vendido por Putin.

Porém, se a China se comprometer a comprar o gás — e o país de Xi Jinping tem potencial para consumir toda a produção russa, ou boa parte dela, acabará ajudando a equilibrar as contas de Putin e diminuindo ou até eliminando a dependência dos europeus.