O Banco Central estima que as medidas de injeção de liquidez adotadas somem R$ 1,2 trilhão, montante equivalente a 16,7% do PIB.
Como comparação, durante a crise financeira de 2008, as medidas anunciadas foram equivalentes a 3,5% do PIB, de R$ 117 bilhões.
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, as medidas que a autoridade monetária pretende atacar seguem nas seguintes frentes:
- Empréstimos com lastro em letras financeiras garantidas por operações de crédito;
- Novas liberações de depósitos compulsórios;
- Estudo de meios para que os recursos cheguem às pequenas e médias empresas.
Medidas
O BC anunciou uma série de medidas nesta segunda-feira.
Entre elas a de reduzir a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo de 25% para 17%.
Segundo o BC, a estimativa é de que a mudança resulte numa liberação de R$ 68 bilhões a partir do dia 30 de março.
Já o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o BC a conceder empréstimos a instituições financeiras garantidos em debêntures adquiridas entre 23 de março e 30 de abril de 2020. Trata-se de uma Linha Temporária Especial de Liquidez (LTEL).
Além das debêntures, o BC manterá, como garantia adicional, os recolhimentos compulsórios do banco no mesmo montante da operação.
Em uma terceira medida, o CMN autorizou instituições financeiras associadas ao FGC a realizar captações por meio de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE)
Dessa forma, o CMN autorizou o BC a conceder empréstimos a instituições financeiras garantidos em debêntures adquiridas entre 23 de março e 30 de abril de 2020. Também trata-se de uma LTEL.