O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou que vai devolver 19 de 35 edifícios de escritórios espalhados por sete estados e Distrito Federal, de acordo com informações do jornal o Estado de S. Paulo.
Com a decretação de medidas preventivas para conter o avanço da pandemia, em março, o BB remanejou 32 mil colaboradores para trabalhar de casa.
Antes da pandemia o banco contava com 257 pessoas, em um quadro de 93 mil colaboradores, trabalhando de casa (menos de 0,3%).
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Modernização de escritórios
Em entrevista ao Estadão, o vice-presidente corporativo do BB, Mauro Ribeiro Neto, declarou que a instituição vinha elaborando internamente um programa apelidado de Flexy, que previa a modernização dos escritórios da instituição e estava sendo estruturado desde 2019.
Com a pandemia, o Flexy ganhou novo significado e a companhia foi obrigada a testar o modelo remoto.
Com resultados positivos, foi definido então que a redução de espaço será significativa e vai afetar as grandes áreas corporativas do BB.
Aposta
No entanto, a reportagem destacou que, inicialmente, o Flexy não será aplicado a agências ou a pequenos escritórios espalhados pelo País.
Do total de 5 milhões de metros quadrados de área locada do banco, 750 mil metros incluem escritórios de maior porte em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Além de Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, além do Distrito Federal.
Com a aposta de longo prazo no home office, 38% desses espaços, ou 290 mil metros quadrados, serão devolvidos, segundo Ribeiro Neto.
Com a experiência em larga escala o BB estima economizar R$ 1,7 bilhão em 12 anos.
O anúncio sobre a devolução de imóveis provocou forte impacto nos fundos de investimentos imobiliários constituído por agências e centros administrativos do Banco do Brasil.
Queda no pregão
Desse modo, nesta quarta-feira o BB Progressivo II (BBPO11) chegou a cair 10% ao longo do pregão. No dia, o FII fechou em baixa de 7%.
No mesmo sentido seguiu o BB Renda Corporativa (BBRC11), que fechou em queda de 6,29%.
Na última segunda-feira, a Votorantim Asset, administradora do BB Progressivo II, reavaliou os imóveis da carteira para R$ 1.494.269.644, resultando em um valor 0,54% inferior ao valor contábil do laudo anterior.