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Bancos digitais são tão regulados quanto tradicionais, diz C6 Bank

Bancos digitais são tão regulados quanto tradicionais, diz C6 Bank

Nos últimos dois anos os bancos digitais se tornaram um fenômeno no Brasil, seja pelo crescimento que, de acordo com pesquisa realizada pelo boostLab, hub de negócios do BTG Pactual (A Revolução dos Bancos Digitais 2020), saltou, entre 2018 e 2020, 147% entre 2017 e 2018.

A mesma pesquisa revela que um dos principais atrativos está no crédito: 54% dos entrevistados apontaram a isenção de anuidade e juros, e as taxas mais em relação aos bancos tradicionais.

Outro dado que chama atenção em relação aos bancos digitais é a forte aderência entre os mais jovens: de acordo com pesquisa realizada com pesquisa realizada em 2019 pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, revelou que, ao longo do ano passado, dentro do universo pesquisado, o público mais forte está em entre os jovens, que representam 32% de usuários das fintechs, termo utilizado para se referenciar aos bancos digitais.

Nos últimos anos algumas fintechs têm ganhado destaque e popularidade, entre elas o C6 Bank. Para saber e entender mais o funcionamento e a ascensão da marca, o site EuQueroInvestir entrevistou Verena Fornetti, porta-voz do C6 Bank. Ao longo da conversa, ela explica para nós o motivo do sucesso entre os jovens e outras questões que ainda geram dúvidas em torno das fintechs.

EuQueroInvestir – Pesquisa realizada pela pela boostLAB (hub de negócios do BTG Pactual) aponta que entre 2017 e 2018 houve um crescimento de 147% no mercado de bancos digitais no Brasil. Gostaria de saber o que vocês atribuem para este rápido crescimento?

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Verena – No C6 Bank, em menos de cinco meses depois do lançamento, abrimos 1 milhão de contas. Já estamos presentes em 98% dos municípios brasileiros. A gente acredita que a combinação de produtos gratuitos, transparência em relação às taxas e condições e a preocupação com a experiência do cliente contribuíram para o sucesso do banco em 2019. Desde o início das operações, construímos uma oferta que contempla mais de uma dezena de produtos. Sem dúvida o momento favorável do mercado também contribuiu para o nosso crescimento. Vivemos uma mudança de comportamento na sociedade. O C6 Bank nasceu em um momento em que os brasileiros já haviam se habituado a usar serviços financeiros digitais. A maior parte das transações bancárias no Brasil, hoje, acontece por celular ou internet banking. Por causa dessa mudança de comportamento, encontramos uma barreira menor para a adoção dos nossos produtos, o que acelerou nosso ritmo de aberturas de contas no primeiro ano de funcionamento. Além disso, podemos citar um ambiente mais propício à concorrência nos últimos anos, com mudanças regulatórias que favoreceram a entrada de novos players.

EuQueroInvestir – Em uma outra pesquisa, essa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), foi apontado que, em 2019, no universo total de transações com cartão de crédito, 21% adotaram cartões ligados a fintechs ou bancos digitais e esse número salta para 32% entre os mais jovens. Na opinião de vocês, por que os bancos digitais tem uma forte aderência entre o público mais jovem?

Verena – É natural que jovens sejam mais atraídos pelas novidades tecnológicas do mercado, já que se trata de um público mais familiarizado com o universo digital e a dinâmica dos aplicativos. Mas a gente acredita muito em uma oferta de produtos para todas as idades e todos os tipos de público. É notável como, em pouco tempo, os aplicativos de celulares se tornaram uma parte tão importante no dia a dia das pessoas de todas as idades. No C6 Bank, a gente aposta muito em experiência do usuário. Fizemos um processo de abertura de conta intuitivo, que simula uma conversa de chat. Quanto mais fácil de usar for o nosso aplicativo, mais chance temos de conquistar todos os tipos de público, dos early adopters ao segmento da população que está começando a intensificar o uso do celular para contratar serviços financeiros.

EuQueroInvestir – Quando conversei com pessoas na faixa etária ente 40 e 50 anos, todas elas se revelaram curiosas/ interessadas em conhecer os bancos digitais, porém, quando abordei a questão de não ter uma agência física e tudo ser feito pelo celular, se mostraram receosas. Como quebrar essa desconfiança com uma geração acostumada com agências físicas?

Verena – Bancos digitais são tão regulados quanto os bancos tradicionais. Desde janeiro de 2019, temos licença do Banco Central do Brasil para operar como um banco completo. A regulação do sistema financeiro brasileiro está na vanguarda mundial. Porque somos bancos, produtos do C6 Bank também contam com proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Além disso, construímos nossos sistemas de forma robusta, já com o que há de mais moderno em segurança da informação. Somos associados a um consórcio internacional de cibersegurança capitaneado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), uma das mais prestigiadas universidades do mundo. Nesse consórcio, trocamos informações e temos contato com o estado da arte no mundo em cibersegurança. Para a gente, não ter agências físicas significa poder oferecer aos clientes serviços gratuitos. Não cobramos por serviços bancários básicos. Como a gente não tem que arcar com os gastos de manter agências no país todo, podemos repassar essa economia aos clientes na forma de produtos mais acessíveis.

EuQueroInvestir – Na área da produção cultural (música e televisão, principalmente) acompanhamos uma coexistência entre modelo tradicional e contemporâneo, porém, há uma forte adaptação de canais clássicos às ferramentas digitais. Acreditam que esse processo também vai se dar entre bancos tradicionais x bancos digitais?

Verena – A digitalização de serviços financeiros é uma tendência para todos os players, sejam ou não novos entrantes. A digitalização é, inclusive, um dos caminhos para promover no país a cidadania financeira, que é um dos seis objetivos estratégicos elencados pelo Banco Central. Segundo a última edição do Relatório de Cidadania Financeira, publicado pela autoridade monetária, a implementação de soluções digitais poderia atender ao segmento da população que considera alto o custo de manutenção de uma conta bancária, uma vez que essas soluções digitais tendem a ter custos mais baixos. No C6 Bank, já estamos construindo o banco com uma estrutura baseada em tecnologia moderna, processamento de dados na nuvem e uso em massa de análise de dados. Esperamos que essa combinação nos dê a chance de acelerar o processo de inovação. Nós trabalhamos para construir uma história própria no mercado financeiro brasileiro, respeitamos todos os outros players e celebramos a inovação na sociedade, seja ela em qualquer banco ou setor.