O Banco Central autorizou nesta terça-feira (4) a venda da corretora Easynvest para o Nubank, passo final para o fechamento do negócio iniciado em setembro do ano passado.
Antes do BC dar o sinal verde, a instituição já havia recebido o aval do Conselho Administrativo de Defesas Econômica (Cade) para seguir com a transação.
De acordo com a Reuters, a transação envolve 1,5 milhão de clientes, além de R$ 26 bilhões em ativos sob a custódia da Easynvest.
Em nota enviada aos investidores, o Nubank informou que as duas autorizações ocorreram “de forma natural, sem quaisquer restrições ou apontamentos no meio do caminho”.
“Enquanto os trâmites finais da aquisição são tratados, o Nubank e a Easynvest avançam no plano de transição e integração dos serviços, em trabalho conjunto para os próximos passos. Por enquanto, as plataformas permanecem operando com experiências, aplicativos e centrais de atendimento distintos”, comentou o banco digital, em seu comunicado.
Nubank planeja IPO
Sacramentada a transação com a Easynvest, o Nubank, agora, quer avançar em sua base de negócios para os clientes, e prepara uma IPO na bolsa.
O banco digital conta com mais de 35 milhões de clientes espalhados pelo País, e já começou o planejamento para, segundo a empresa, “se reinventar no mercado de investimentos”.
Em meados de abril, o banco já havia iniciado testes na área, com três fundos multimercado.
Agora, com a fusão aprovada, Nubank e Easynvest trabalham no plano de transição e de integração dos serviços.
O Nubank
O Nubank foi fundado em 2013 no Brasil como emissor de um cartão de crédito de cor roxa e sem anuidade. Desde então, conquistou 34 milhões de clientes, lançou novos produtos e se expandiu pela América Latina.
Nos últimos sete anos, levantou 1,2 bilhão de dólares em várias rodadas de captação com fundos de venture capital.
Destino do dinheiro
O Nubank usará os recursos para expandir seus negócios no Brasil e também no México e na Colômbia, disse Velez, um colombiano formado na Stanford University e que fundou o Nubank após experiências negativas com bancos brasileiros como um expatriado em São Paulo.
O Nubank lançou operações em ambos os países em 2020 e ainda está escalando seus negócios por lá.
Planejamento
Também planeja lançar novos serviços, como cartões de crédito corporativos, impulsionar o crédito pessoal e expandir a sua unidade de corretagem Easynvest, principalmente com produtos voltados para pessoas de classe média.
“2021 é o ano em que buscaremos o crescimento da base de clientes e a diversificação de produtos”, disse Velez.
“Com mais produtos, nos tornaremos uma solução completa para os clientes.”