A Alemanha descartou acabar com o bloqueio de verbas para a Amazônia, iniciado em agosto do ano passado, como chegou a pleitear o presidente em exercício, general Hamilton Mourão.
De acordo com a agência de notícias local DPA, Svenja Schulze, ministra alemão do Meio Ambiente, antes de haver uma retomada na liberação dos recursos “será preciso desenvolvamos uma percepção comum sobre o que é necessário nas áreas de proteção climática e de biodiversidade”.
O congelamento de aproximadamente R$ 155 milhões que seriam destinados aos projetos de proteção ambiental no Brasil se deu, principalmente, pelas dúvidas do governo alemão em relação aos posicionamentos políticos do Brasil sobre o assunto.
“A política do governo brasileiro na Região Amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento”, disparou a ministra, ainda em agosto, no início das discussões entre os dois países.
Mourão e Bolsonaro discordam
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o “país não precisava disso”, o seu vice, atualmente em exercício, Hamilton Mourão, mostrou que pensa diferente e até adiantou que “é cara de pau e, se precisar, vai lá e pede”.
De acordo com o portal G1, Mourão é o mais cotado para chefiar o Conselho da Amazônia, cuja criação foi anunciada nesta semana por Bolsonaro.
O órgão deverá ser o centralizador das ações de diversos ministérios para “proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia”.