As ações da HP (HPQB34), tradicional empresa de computadores pessoais e impressoras, dispararam nesta quinta-feira (7) depois da descoberta de que o bilionário Warren Buffett havia comprado, na véspera, cerca de US$ 4,2 bilhões no equivalente a 11,4% dos papéis da empresa.
Famoso por suas decisões que o tornaram um dos investidores mais bem-sucedidos e dono de uma das maiores fortunas do mundo, Buffet tem um portfolio diversificado, com participação acionária em empresas do setor financeiro, como Bank of America e American Express, e de consumo, por exemplo Coca-Cola e Kraft-Heinz.
Buffet, no entanto, por muito tempo evitou as empresas de tecnologia. Seu primeiro investimento no setor foi em 2016, quando adquiriu parte importante das ações da Apple. O investimento foi se ampliando e hoje a companhia é parte fundamental do portfolio de sua holding, a Berkshire Hathaway.
Demanda alta por equipamentos
Num período de popularização da tecnologia móvel, a HP tem se destacando por manter seu foco em produtos de maior porte, como computadores pessoais (desktops e laptop) e impressoras – objeto que, junto com as calculadoras científicas e financeiras, fez a fama da empresa.
Depois de uma queda inicial com a pandemia de covid-19, a HP registrou recuperação sólida, com valorização de cerca de 150% nos últimos dois anos em relação ao ponto mais baixo. Analistas apontam que uma das possíveis razões para isso é o aumento da demanda de equipamentos pessoais causada justamente pela pandemia e pelo aumento do trabalho em home office.
As receitas líquidas da HP foram de US$ 17 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2022, aumento de 8,8% em relação ao mesmo período no ano anterior. Após o anúncio da aquisição por Buffet, as ações tiveram aumento em torno dos 15% antes mesmo do início do pregão da Nasdaq, a bolsa norte-americana das empresas de tecnologia.
Como investir na HP
Os investidores brasileiros podem ter acesso aos chamados BDRs – Brazilian Depositary Receipts – da HP. São ativos que representam ações de empresas estrangeiras. Assim, quem adquire um BDR está, indiretamente, participando de uma empresa no exterior. E terá direito aos dividendos distribuídos pela companhia lá fora.
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Funciona mais ou menos como um fundo de investimento. O investidor não vira o dono da ação, portanto não é sócio da empresa em questão.
Para comercializar um BDR, a instituição emissora do papel adquire várias ações de empresas estrangeiras. Depois monta um “pacote” e vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas.
O que é preciso fazer para investir na HP?
Para adquirir BDRs da HP, o investidor precisa procurar um banco ou uma corretora de valores autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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