O Ibovespa opera em alta de 1,25%, aos 104.401 pontos.
Atenções estão voltadas nesta quarta-feira (11) para o IPCA, inflação oficial, que teve alta de 1,06% em abril, após 1,62% de março. A projeção era de 1%.
Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%). No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%.
A alta dos preços atinge o bolso de todos os brasileiros e é acompanhada de perto pelos investidores, que querem saber até onde irá a Selic, taxa básica de juros da economia, usada para controlar, justamente, a inflação.

Reprodução/IBGE
Ontem (10), a ata da última reunião do Copom reafirmou que outra subida de juros, inferior a 1%, deve acontecer na reunião de 14 e 15 de junho. O mercado se divide entre apostas de Selic a 13,25% até 14%. E há quem acredite até que a escalada de juros se prolongue até agosto.
Tá, mas e aí? O que isso diz ao investidor?
Para o investidor, saber para onde vai a Selic é fundamental para definir sua estratégia de investimento.
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No entanto, com um possível final de ciclo econômico à vista, é hora de focar em papéis específicos, como Prefixados e IPCA+.
Já na renda variável, é hora de olhar para as ações de valor.
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Ainda ontem, foi divulgado que as vendas no varejo subiram 1% em março, na comparação com o mês de fevereiro. O indicador está bem acima da expectativa do mercado, que esperava um avanço de 0,4%. Com este resultado, o comércio varejista cresce pelo terceiro mês consecutivo.
Nesta quarta, o dia começou com a notícia da exoneração de Bento Costa Lima Leite de Albuquerque do Ministério de Minas e Energia. Em seu lugar assume o economista Adoldo Sachsida. A troca vem um dia após a nova alta do diesel pela Petrobras.
Mercados do exterior
Nos EUA, hoje saiu o Índice de Preços ao Consumidor (IPC ou CPI na sigla em inglês), também de abril.
A inflação americana, medida pelo CPI, subiu 0,3%, ante 1,2% em março. A expectativa era de 0,2%. Na comparação anual, a alta é de 8,3%, quando a expectativa era de 8,1%. O núcleo do CPI, que exclui os itens mais voláteis, subiu 0,6% em abril, ante estimativa de 0,4%. No ano, 6,2%, ante consenso de 6%.
Por lá, o Fed subiu os juros em 0,5% na última semana e nova alta de 0,5% já está precificada para junho. No entanto, parte do mercado considera que isso não será suficiente para conter os preços e que o Fed precisará ser mais rápido na escalada dos juros.
Os juros em alta nos EUA ajudam a explicar o estresse nas bolsas mundiais, que sentem a migração para a renda fixa. No Brasil, e demais emergentes, as bolsas sofrem com a migração para os papéis do tesouro americano, considerado os papéis mais seguros do mundo.
A China, a inflação ao consumidor (CPI) teve alta anual de 2,1% em abril, contra expectativa de 2%. Os preços ao produtor (PPI) subiram 8%, também acima da projeção de 7,8%.
Ainda na China, segundo divulgado pela imprensa, metade da cidade de Xangai alcançou o status Covid zero, mas o lockdown permanece.
Mercados de Nova York
- Dow Jones: -0,82%
- S&P: -1,38%
- Nasdaq: -2,95%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +2,17%
- FTSE, Reino Unido: +1,44%
- CAC, França: +2,50%
- FTSE MIB, Itália: +2,84%
- Stoxx 600: +1,74%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: +0,04%
- Xangai, China: +0,06%
- HSI, Hong Kong: +0,79%
- ASX 200, Austrália: +0,19%
- Kospi, Coreia: -0,17%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 107,20 (+4,63%)
- WTI (novembro 2021): US$ 105,41 (+5,66%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.853,40 (+0,67%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 122,24 (+5,32%)






