O Ibovespa vira a volta a operar em alta. A variação positiva é de 0,09%, aos 112.319 pontos nesta segunda-feira (7). A Europa fechou em alta, com exceção da Itália. A bolsa de Nova York, nos Estados Unidos, opera em elevação.
Os destaques da semana no Brasil ficam por conta da ata do Copom e da inflação oficial de janeiro.
Na última quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, subiu a taxa Selic de 9,25% para 10,75%.
No comunicado pós-reunião, o BC apontou que o ritmo de avanço da Selic deve ser reduzido daqui em diante, sinalizando que o topo do ciclo está próximo.
O Copom deixou claro que não virá na reunião de março “um avanço de mesma magnitude”, ou seja, 1,5 ponto porcentual (p.p). As apostas do mercado dão conta de mais 1 p.p., o que levaria a Selic a 11,75%. O BTG Pactual (BPAC11) crê em 1 p.p. em março e mais 0,5 p.p. final em maio.
Na ata de terça-feira (8), os investidores vão buscar justamente mais indícios para basear suas projeções.
Hoje, no Boletim Focus, nenhuma mudança quanto às expectativas para a Selic: 11,75% em 2022 e 8% em 2023.
Mas teve ajuste para o IPCA, indicador oficial de inflação, deste ano: de 5,38% para 5,44%.
Na quarta (9), atenções voltadas para ele, o IPCA de janeiro.
Em dezembro, a inflação subiu subiu 0,73%, e fechou o ano de 2021 com alta de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020, e bem acima da meta do Banco Central, de 3,75% – sendo 5,25% a margem de tolerância
Ok, mas e daí, o que isso diz para o investidor?
Vale lembrar que a Selic norteia todas as operações da economia brasileira que envolvem juros, como empréstimos, aplicações financeiras e financiamentos. E quanto mais alta ela for, tanto mais atrativos se tornam os investimentos em renda fixa.
Dito isto, vale complementar que o objetivo da alta da Selic é controlar, justamente, a inflação. Ou seja, se ela vier dentro do esperado, as expectativas para a taxa de juros tendem a se manter. Caso contrário, aumentam as pressões por aperto monetário ainda maior.
Fora ata do Copom e IPCA, segue ainda na semana a temporada de balanços, com destaque para os bancos e para as prévias dos lucros de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
Em indicadores, hoje foi divulgado o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da FGV, que apontou alta de 2,01% em janeiro, acima do 1,25% do mês anterior. Com isso, a alta em 12 meses é de 16,71%.
O mercado acompanha ainda os desdobramentos quanto à PEC dos Combustíveis. Segundo o noticiário, o Ministério da Economia tenta zerar apenas o imposto do diesel.
Mercados do exterior
No exterior, os mercados chineses retornam de feriado de uma semana, com minério de ferro voltando com força (sobe 2,45% no porto de Dalian), o que influencia a cotação da Vale (VALE3).
Em semana fraca de indicadores, as atenções se voltam para a alta de juros nos EUA, que deve ocorrer em março. Na sexta (4), o payroll bem acima da projeção elevou as apostas em um Fed mais agressivo na política monetária.
A crise russa-ucraniana segue, com a Casa Branca alertando que a invasão da Ucrânia pode ocorrer a qualquer momento.
Em indicadores, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) de serviços da China caiu de 53,1 para 51,4 pontos. Na Alemanha, a produção industrial recuou 0,3% em dezembro, quando o mercado aguardava avanço de 0,4%.
Mercados de Nova York
- Dow Jones: +0,15%
- S&P: +0,25%
- Nasdaq: +0,18%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +0,76%
- FTSE, Reino Unido: +0,73%
- CAC, França: +0,83%
- FTSE MIB, Itália: -0,94%
- Stoxx 600: +0,81%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: -0,70%
- Xangai, China: +2,03%
- HSI, Hong Kong: +0,03%
- ASX 200, Austrália: -0,13%
- Kospi, Coreia: -0,19%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 92,69 (-0,62%)
- WTI (novembro 2021): US$ 91,32 (-1,07%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.820,95 (+0,73%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 128,46 (+2,45%)