Em 1969, Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua, às 23h56, horário de Brasília, do dia 20 de julho. Meio bilhão de pessoas acompanharam a corrida espacial transmitida ao vivo pela televisão. Segundo ele, aquele era “um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”.
Ao todo, foram cinco dias de viagem, Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins já estavam em uma missão que ultrapassou 109 horas. O primeiro passo do homem na Lua aconteceu nas 109 horas, 24 minutos e 6 segundos da linha do tempo da viagem, de acordo com detalhes arquivados pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA).
Mais do que pisar na Lua, a missão Apollo 11 foi um sucesso e avanço, não só para o homem ou por uma vitória americana, mas também para a ciência mundial. O ser humano entendeu que poderia seguir estudando o espaço e isso inspirou carreiras e mostrou que essa era uma fronteira a ser ultrapassada e onde poderíamos nos aprofundar.
Com isso, a Apollo 11 com Armstrong, Aldrin e Collins foi apenas o start, “puro suco” do pioneirismo no espaço. Foi exatamente o que deu a largada para o desenvolvimento científico com novos ônibus espaciais, missões à Marte, ao espaço e o telescópio Hubble.
Corrida espacial: bilionários miram na luta
Sendo a primeira empresa privada que já pousou na Lua, a Intuitive Machines, empresa sediada em Houston, fez sua viagem em fevereiro deste ano com o apoio de R$ 583 milhões da NASA.
Colaborando com 14 companhias norte-americanas, a NASA busca mais instrumentos científicos e de tecnologia à superfície como parte de seu programa Artemis para enviar pessoas de volta à lua.
Nesse projeto, entre as nove companhias que ingressaram Serviços de Carga Lunar Comerciais (CLPS) da NASA em 2018, tem a Astrobotic Technology, sediada em Pittsburgh, que teve sua missão marcada pelo seu lançamento e primeiro fracasso do programa, com o vazamento de combustível.
Entre as empresas, Sierra Nevada Corporation, do casal de bilionários Eren e Fatih Ozmen, com patrimônios estimados em US$ 3,4 bilhões e US$ 3,3 bilhões, é uma das cinco adicionadas ao programa em 2019. Entretanto, essa não recebeu um contrato CLPS.
Ainda em 2019, quem também se juntou foi a Space X de Elon Musk, sem contrato sob o CLPS, entretanto, já tendo firmado acordos com a NASA e contando com uma tecnologia reutilizável para outras missões.
Assim com a companhia de Musk, a Blue Origin de Jeff Bezos, fundador da Amazon (AMZN; AMZO34), também se juntou ao programa na época e ainda não recebeu contrato CLPS, mas também conta com contratos para outros trabalhos com a NASA.
As empresas que fazem parte do CLPS podem concorrer a contratos da NASA e até o momento, a agência só fechou 10 contratos para as companhias entregarem materiais na lua, sendo dois deles à Astrobotic e três à Intuitive, com missões para 2024.
Sediada no Texas, a Firefly Aerospace conta com dois contratos de entrega programados com duas missões, uma para 2024 e outra para 2026 com o Blue Ghost.
A Draper, de Massachusetts, também tem programação para lançamento em 2025 e teve duas missões do CLPS canceladas após a NASA conceder contratos.
De Nova Jersey, a Orbit Beyond também recebeu contrato CLPS e a NASA encerrou negócio após a empresa afirmar não ter capacidade de cumprir prazos para a missão. No futuro, a companhia, caso queira, ainda pode concorrer no programa.
Planos com Blue Origin
Em busca de trabalhar com a NASA e a Agência Espacial Europeia, Jeff Bezos, CEO e fundador da Amazon, afirmou ao GreekWire que seu objetivo é levar milhões de pessoas à Lua. Caso não consiga parceiros, o bilionário afirma que vai tentar atingir o objetivo sozinho.
Na visão de Bezos, o primordial é reduzir custos para o voo e essa meta deve ser atingida com o sistema de lançamento suborbital New Shepard, que já está em testes, e com o sistema orbital New Glenn, que deverá ser finalizado na próxima década.
O plano do bilionário no longo prazo é levar pessoas para que elas trabalhem em indústrias pesadas na Lua.
Planos com Space X
Elon Musk que também não perde tempo com a Space X adiou o lançamento que aconteceria em fevereiro deste ano com o foguete Falcon 9, que tinha como missão pousar na Lua, levando uma sonda da companhia Intuitive Machines.
Entre os mais confiáveis e inovadores da corrida espacial, um dos avanços do Falcon 9 é a capacidade de reutilização do seu primeiro estágio. Após o lançamento, o primeiro estágio retorna à Terra e pousa, seja em uma plataforma de aterrissagem terrestre ou em uma balsa autônoma no oceano, permitindo que o mesmo foguete seja reutilizado em missões subsequentes.
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