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Conheça os 5 países com o melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal

Conheça os 5 países com o melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal

O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é considerado fundamental para manter um estilo de vida saudável e traz benefícios tanto para os colaboradores como também para a empresa. Com tantas tecnologias disponíveis atualmente, o número de reuniões online aumentou, tornando-se cada vez mais desafiador distinguir entre vida pessoal e profissional com a presença constante dos celulares.

De acordo com o estudo “O Estado do Equilíbrio entre Trabalho e Vida em 2019”, aproximadamente 21% do tempo de trabalho é dedicado a redes sociais, sites de notícias e entretenimento online, enquanto a verificação de e-mails e notificações ocorre a cada seis minutos.

Vida profissional e pessoal x mudança de país

Pensando nisso, é importante que qualquer pessoa que esteja planejando uma mudança internacional compreenda essa relação entre trabalho e vida pessoal antes de tomar sua decisão.

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Em 2023, a empresa de tecnologia de recursos humanos, Remote, lançou a edição do Índice Global de Equilíbrio entre Trabalho e Vida, visando identificar os locais ao redor do mundo que oferecem a melhor harmonia nesse aspecto.

Essa análise leva em consideração critérios como o número de dias de férias legais, a porcentagem mínima de benefícios por doença e a duração da licença-maternidade remunerada em cada país.

Leia também – Os 10 comportamentos mais inadequados no trabalho e como evitá-los

5 países com melhor o equilíbrio

1. Nova Zelândia

A Nova Zelândia ocupa a primeira posição no ranking da Remote. O país oferece 26 semanas de licença-maternidade remunerada, um salário mínimo consideravelmente alto, 32 dias de férias por ano e um auxílio-doença equivalente a pelo menos 80% do salário.

Erin Parry, uma canadense residente na Nova Zelândia e que trabalha no setor de marketing, compartilhou em uma entrevista para a BBC News Brasil que, mais do que qualquer política específica, é a cultura em geral que contribui para tornar o ambiente de trabalho mais relaxado.

“Quando você é canadense, você tem o costume de ‘mergulhar de cabeça’ no trabalho”, ela conta. “Eu simplesmente não sabia como iria sobreviver àquilo.”

Mas é claro que a Nova Zelândia tem os seus pontos negativos também nesse aspecto. De acordo com dados da OCDE, 14% dos profissionais trabalham mais de 50 horas por semana, superando a média de 10% observada nos países membros da organização.

Leia também – Quiet Ambition: o que é e como ela está mudando as relações de trabalho?

2. Espanha

Ocupando a segunda posição está a Espanha. Graças aos benefícios como os 26 dias de férias anuais oferecidos no país, os trabalhadores espanhóis dedicam uma quantidade significativa de horas diárias ao lazer e aos cuidados pessoais, de acordo com dados da OCDE.

Eles ocupam o terceiro lugar, depois da Itália e da França, em termos de tempo dedicado a essas atividades. Além disso, apenas 2,5% dos trabalhadores espanhóis dedicam longas horas a empregos remunerados.

O dia de trabalho tradicional na Espanha costumava começar por volta das 8h30 e terminar às 13h30, com uma siesta de uma ou duas horas, para depois continuar até às 19h ou 20h. No entanto, ao longo dos anos, o hábito da siesta vem diminuindo, levando alguns trabalhadores a não fazer mais esse intervalo no meio do dia, mas ainda permanecendo até tarde no escritório.

Para lidar com essa mudança, em 2016, o então primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy propôs que o dia de trabalho terminasse às 18 horas, substituindo assim a prática da siesta. Apesar disso, dados recentes da União Europeia revelam que os espanhóis trabalham em média 37,8 horas por semana, apenas cerca de 20 minutos a mais do que a média do continente.

3.Dinamarca

Poucas pessoas têm um entendimento mais profundo sobre os benefícios do equilíbrio entre vida pessoal e trabalho na Dinamarca do que Helen Russell, autora do livro “The Year of Living Danishly” (“O ano de viver à moda dinamarquesa”, em tradução livre).

Residente no país escandinavo há mais de uma década, ela compartilha sua experiência: “Trabalhei como jornalista em Londres por 12 anos”, conta ela. “Eu passava muitas horas trabalhando. Era corrido”, compartilhou ela em entrevista à BBC News Brasil.

Ela afirma que o dia de trabalho no país começa às 8 horas, e as pessoas têm o costume de encerrar suas atividades às 16 horas.

Como muitas vezes é necessário buscar as crianças na creche por volta das 16 horas, todos acabam encerrando o expediente nesse horário – mesmo aqueles que não têm filhos.

4. França

De acordo com os dados da OCDE, os trabalhadores franceses dedicam 16,2 horas diárias ao lazer e cuidados pessoais, ficando atrás apenas da Itália nesse aspecto. Além disso, na lista da Remote sobre o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, a França ocupa o terceiro lugar, oferecendo um dos mais longos períodos de férias anuais, totalizando 36 dias.

De fato, mesmo em uma cidade movimentada como Paris, os residentes locais dão prioridade ao tempo fora do trabalho, conforme observado por Sarah Micho, uma freelancer e empreendedora canadense, que reside na capital francesa desde 2021, em entrevista à BBC News Brasil.

“A cultura francesa promove um senso de repouso e relaxamento”, ela conta. A cultura dos cafés é um exemplo.

Mas claro, ela também ressalta que tudo depende do setor e do cargo de cada pessoa. Na realidade, 8% dos profissionais franceses trabalham mais de 50 horas por semana, uma porcentagem inferior à média de 10% da OCDE, mas ainda assim superior a vários outros países que lideram o ranking.

5. Itália

De acordo com dados da OCDE, os funcionários que trabalham em tempo integral na Itália dedicam 69% do seu dia, o equivalente a 16,5 horas, em atividades de lazer e cuidados pessoais. Isso representa 1,5 hora a mais do que a média da organização, tornando a Itália o país da OCDE onde as pessoas têm mais tempo de lazer.

Andres Uribe-Orozco, morou na Colômbia e nos Estados Unidos e agora trabalha na capital da Itália, confirma essa constatação. “Acho que os italianos inventaram o conceito de equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho”.

“As pessoas simplesmente não ficam correndo desnorteadas o tempo todo, em busca de ‘trabalho, trabalho, trabalho”, complemetou ele em entrevista à BBC News Brasil.

Além disso, apenas 3% dos italianos trabalham mais de 50 horas por semana, uma proporção muito inferior à média de 10% observada na OCDE.

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