O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando apertar o certo à Venezuela. Ele anunciou nesta segunda-feira (24) que países que adquirirem petróleo e gás do país sul-americano Venezuela estarão sujeitos a uma tarifa de 25% sobre qualquer comércio que mantenham com os EUA. A medida, que entrará em vigor em 2 de abril, foi divulgada por Trump em sua plataforma Truth Social.
A decisão pode atingir principalmente a China, que é o maior comprador de petróleo venezuelano. No mercado internacional, os preços do petróleo reagiram à medida: o barril do petróleo bruto dos EUA subiu US$ 0,71, ou 1,04%, sendo negociado a US$ 68,99 pela manhã. Já o Brent, referência global, avançou US$ 0,67, ou 0,93%, chegando a US$ 72,83 por barril.
A nova sanção faz parte de uma série de ações de Trump contra o governo de Nicolás Maduro. O presidente norte-americano acusou a Venezuela de enviar membros da gangue Tren de Aragua para os EUA e, em 15 de março, invocou o Alien Enemies Act, alegando que o grupo está conduzindo uma “guerra irregular” contra os Estados Unidos sob a direção de Maduro. Durante sua gestão, Trump designou a facção criminosa como uma organização terrorista estrangeira.
Trump quer fortalecer Chevron na Venezuela
Além da pressão sobre a Venezuela, Trump busca fortalecer a posição da Chevron na produção de petróleo no país sul-americano. Em fevereiro, ele anunciou que reverteria a decisão do governo Biden, que havia permitido que a petroleira norte-americana retomasse suas operações na Venezuela. O Departamento do Tesouro dos EUA estabeleceu o prazo de 3 de abril para que a Chevron encerrasse suas atividades no país.
No entanto, em uma reunião recente na Casa Branca com o CEO da Chevron, Mike Wirth, e outros executivos do setor, Trump demonstrou disposição para estender a licença da companhia. Fontes informaram ao The Wall Street Journal que as tarifas impostas têm o objetivo de dificultar a influência chinesa na indústria petrolífera venezuelana, ao mesmo tempo em que garantem o fluxo de petróleo para os EUA por meio da Chevron.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos determinou que a Chevron encerre todas as suas operações na Venezuela até 3 de abril, em conformidade com novas diretrizes de sanções impostas pelo governo de Donald Trump. A decisão revoga a isenção concedida anteriormente à gigante petrolífera, proibindo-a de continuar exportando petróleo venezuelano para os EUA.
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