O presidente Donald Trump está articulando um acordo com Nayib Bukele, presidente de El Salvador, que permitirá aos Estados Unidos deportar migrantes de outras nacionalidades para o território salvadorenho. A iniciativa, reportada pela rede CBS News, faz parte de uma estratégia de endurecimento das políticas de imigração.
O acordo, no modelo de “terceiro país seguro”, prevê que migrantes provenientes de países como a Venezuela sejam redirecionados a El Salvador para solicitar refúgio, em vez de buscarem asilo nos EUA. Esse plano retoma medidas similares adotadas por Trump em seu primeiro mandato, quando foram firmados acordos com Guatemala, Honduras e o próprio El Salvador. Essas parcerias, no entanto, foram encerradas na administração de Joe Biden.
A proposta também inclui o envio de voos com deportados, entre eles membros do Tren de Aragua, uma perigosa gangue venezuelana que Trump pretende designar como organização terrorista. Essa ação está alinhada à política de repressão à imigração ilegal e às gangues transnacionais, destacada como prioridade pela campanha de Trump.
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Parceria com Bukele
Nayib Bukele se consolidou como um aliado estratégico para Trump, principalmente por suas duras medidas contra a criminalidade em El Salvador, incluindo a repressão à MS-13 por meio de encarceramentos em massa. Apesar do amplo apoio interno a essas ações, grupos de direitos humanos têm denunciado violações legais e abusos.
Segundo comunicado da Casa Branca, Trump e Bukele discutiram por telefone na última quinta-feira (23) estratégias conjuntas para combater a imigração ilegal e o crime organizado. Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, deve visitar El Salvador em fevereiro para avançar nas negociações.
Ainda não está definido como El Salvador lidará com a chegada de deportados, especialmente membros de gangues, caso o acordo seja implementado.
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