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Trump pode aliviar restrições de chips para China em troca de terras raras

Trump pode aliviar restrições de chips para China em troca de terras raras

O presidente dos EUA, Donald Trump, estaria disposto a flexibilizar as restrições à venda de chips semicondutores para a China em troca de um acordo que acelere as exportações chinesas de terras raras. As informações são do Financial Times. 

A revelação surgiu durante o início das negociações entre os dois países em Londres.

Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, foi quem primeiro sinalizou publicamente essa possibilidade de negociação, conforme reportado pelo jornal inglês.

Em entrevista à CNBC americana, Hassett mostrou otimismo quanto a um acordo rápido.  “Espero que seja uma reunião curta com um aperto de mão grande e forte”, declarou o funcionário americano.

Detalhes das negociações

As conversas comerciais em Londres são lideradas pelo secretário do Tesouro americano Scott Bessent, acompanhado pelo representante comercial Jamieson Greer e pelo secretário de comércio Howard Lutnick. Do lado chinês, a delegação é chefiada por He Lifeng, vice-primeiro-ministro do país asiático.

Segundo o Financial Times, Hassett explicou que a expectativa americana é de que “imediatamente após o aperto de mão, quaisquer controles de exportação dos EUA serão aliviados e as terras raras serão liberadas em volume.”

A proposta marca uma mudança em relação à política da administração anterior de Joe Biden, que havia implementado controles rígidos de exportação para dificultar o acesso chinês a tecnologias avançadas de semicondutores que poderiam beneficiar seus militares.

Limites da flexibilização

Embora disposto a negociar alguns controles de exportação, o governo Trump não pretende afrouxar todas as restrições. Conforme o Financial Times, Hassett sugeriu que a administração manteria as limitações que impedem a fabricante americana de chips Nvidia (NVDA; $NVDC34) de vender seus produtos mais avançados para grupos chineses.

O jornal britânico havia noticiado anteriormente que a administração Trump planejava incluir vários fabricantes chineses de chips em uma lista negra comercial, mas que alguns funcionários queriam adiar essa medida devido ao seu potencial impacto negativo nas negociações.

Contexto das tensões comerciais

A questão das terras raras tornou-se um “ponto de discórdia” após o acordo de cessar-fogo comercial firmado em Genebra no mês passado, segundo Hassett citado pelo Financial Times. 

Washington acusou Pequim de não cumprir os compromissos assumidos sobre a exportação desses materiais essenciais para a indústria tecnológica.

O tema foi inclusive abordado na conversa telefônica de mais de uma hora entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping na sexta-feira (6).

As duas economias haviam concordado em Genebra em reduzir significativamente as tarifas mútuas por 90 dias, devido a preocupações com o impacto no comércio bilateral e nas cadeias globais de suprimentos. No entanto, o Financial Times reportou que as exportações chinesas para os Estados Unidos caíram em maio ao menor nível desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020.

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Primeiros sinais positivos

Após o início das conversas, autoridades americanas demonstraram otimismo cauteloso com o andamento das negociações. O presidente Trump declarou que “estamos indo bem na negociação com a China, mas eles não são fáceis”, reconhecendo tanto o progresso quanto os desafios do processo.

O secretário de Comércio Howard Lutnick foi mais direto ao avaliar que as “conversas com a China foram frutíferas”, enquanto o secretário do Tesouro Scott Bessent, que lidera a delegação americana, confirmou que “tivemos uma boa reunião” com os representantes chineses.