O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer ameaças contra o bloco econômico Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, caso este decida substituir o dólar como moeda de reserva.
Atualmente, o bloco não possui uma moeda única, e as discussões sobre essa possibilidade se intensificaram após a imposição de sanções ocidentais à Rússia devido à guerra na Ucrânia.
“Vamos exigir um compromisso desses países aparentemente hostis de que não criarão uma nova moeda do Brics nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar dos EUA, ou enfrentarão tarifas de 100%”, afirmou Trump.
A declaração foi uma repetição do que o presidente havia dito em novembro do ano passado, logo após sua vitória nas eleições presidenciais. Na ocasião, a Rússia afirmou que qualquer tentativa de forçar o uso do dólar teria um efeito oposto ao desejado.

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Dólar como principal moeda de reserva mundial
Uma pesquisa recente do Centro de GeoEconomia do Atlantic Council, realizada no ano passado, revelou que o dólar dos Estados Unidos segue sendo a principal moeda de reserva global. Nem o euro, nem os países do Brics conseguiram diminuir significativamente a dependência mundial do dólar.
“Não há chance de que o Brics substitua o dólar dos EUA no comércio internacional ou em qualquer outro aspecto, e qualquer nação que tente isso deve se preparar para tarifas e dizer adeus à América!”, declarou Trump.
Resposta do Brasil
Na quinta-feira (30), durante uma coletiva de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, caso haja um aumento nas tarifas dos EUA, o Brasil tomará medidas de “reciprocidade”.
“É muito simples. Se ele taxar os produtos brasileiros, o Brasil irá taxar os produtos dos americanos. Não há dificuldade alguma em taxar os produtos que são exportados para os EUA”, afirmou Lula, respondendo à ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos sobre possíveis aumentos nas taxas aplicadas pelo governo Trump aos produtos brasileiros.
Na semana anterior, em seu segundo dia de retorno à Casa Branca, Trump havia ampliado suas ameaças tarifárias, incluindo também a China e a União Europeia.
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