O teto de gastos não é problema só no Brasil. Os Estados Unidos vivem, no momento, mais uma ameaça de estouro do limite da dívida do país.
Estabelecido pelo Congresso, o teto da dívida americana é o valor máximo que o governo federal pode tomar emprestado para financiar obrigações já aprovadas por parlamentares e presidentes – uma vez que o governo tem déficit orçamentário e a arrecadação não é suficiente.
Aumentar o teto, no entanto, não autoriza novos compromissos de gastos.
“Para se ter uma ideia, o tamanho da dívida dos EUA é hoje de 31,3 trilhões de dólares e o limite é de 31,4 trilhões, faltando apenas 98 bilhões de dólares para atingir o teto”, explica Ettore Marchetti, CEO da EQI Asset.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, enviou uma carta para o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, alertando-o que o teto deve ser atingido nesta quinta-feira (19) e pediu para que a casa atue com celeridade para expandir o teto, em meio a um Congresso rachado entre republicanos e democratas.
Vale lembrar que a Câmara tem maioria republicana, que alega necessidade de responsabilidade fiscal; enquanto o Senado de maioria democrata, defende a necessidade do aumento do limite da dívida.
Yellen alertou que, quando o valor chegar a US$ 31,38 trilhões da dívida, será necessário adotar “medidas extraordinárias”, como interromper repasses para programas de aposentadoria do serviço civil e dos correios. Isso para que os EUA não deem calote em suas dívidas.
Teto da dívida americana e shutdown
De acordo com o Tesouro, o limite do teto da dívida americana já foi atingido 78 vezes desde 1960. No gráfico abaixo, é exibida a quantidade de dias em que o governo americano entrou em paralisação (shutdown) devido ao estouro do teto, já que não havia dinheiro para o pagamento das despesas nacionais, ficando de fora o pagamento apenas do que é emergencial.

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