A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,8% no trimestre encerrado em julho, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice registrado para o período em um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica, que começou em 2012.
A população desocupada no Brasil diminuiu para 7,4 milhões, o menor número de pessoas em busca de emprego desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”.
No mesmo período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua era de 7,9%. Já no trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,9%. A renda média real do trabalhador atingiu R$ 3.206 no trimestre encerrado em julho, representando um aumento de 4,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Número total de trabalhadores bate recorde
O número total de trabalhadores no Brasil alcançou um novo recorde, chegando a 102,0 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, esse contingente aumentou 1,2% (1,2 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,7% (2,7 milhões de pessoas) no ano. Os dois principais segmentos da população ocupada também registraram números históricos.
O setor privado empregou 52,5 milhões de pessoas, o maior contingente já registrado, com um crescimento de 1,4% (731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (2,2 milhões de pessoas) no ano. O setor público também atingiu um recorde, empregando 12,7 milhões de pessoas, com aumentos de 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e de 3,6% (436 mil pessoas) no ano.
Setor privado
No setor privado, tanto o número de empregados com carteira assinada quanto o contingente de trabalhadores sem carteira de trabalho atingiram recordes históricos, com 38,5 milhões e 13,9 milhões de pessoas, respectivamente. O comércio foi o principal motor de crescimento da ocupação no setor privado, registrando um aumento de 1,9% no trimestre, o que acrescentou 368 mil novos trabalhadores à população ocupada do país.
Em comparação anual, o comércio cresceu 2,6%. No trimestre móvel encerrado em julho de 2024, o número de pessoas ocupadas no setor chegou a 19,3 milhões, o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua.
Segundo Adriana Beringuy, “parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”.
Setor público
No setor público, o recorde foi impulsionado pelos servidores públicos, tanto com carteira de trabalho assinada quanto sem, que atingiram seus maiores contingentes na série histórica da Pnad Contínua. O número de servidores sem carteira chegou a 3,3 milhões, enquanto aqueles com carteira assinada alcançaram 1,6 milhão.
O contingente de servidores públicos sem carteira cresceu 7,4% no trimestre, adicionando 227 mil pessoas. Em comparação anual, esse grupo aumentou 4,7%, o equivalente a 149 mil pessoas. Já o número de servidores com carteira assinada subiu 10,6% no trimestre, com mais 151 mil pessoas, e 13,6% no ano, somando 190 mil pessoas.
Para a analista do IBGE, “a ocupação no setor público vem apresentando crescimento ao longo de 2024, principalmente entre os trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal”.
Sobre a PNAD Contínua
A Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil, abrangendo uma amostra de 211 mil domicílios distribuídos por 3.500 municípios, com visitas realizadas a cada trimestre. Aproximadamente dois mil entrevistadores participam da pesquisa, integrados à rede de coleta composta por mais de 500 agências do IBGE.
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