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Tarifaço de Trump: CEOs devem pedir fim da guerra comercial

Tarifaço de Trump: CEOs devem pedir fim da guerra comercial

O tarifaço de Trump vem causando dores de cabeça para os presidentes de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos. Os CEOs de algumas delas devem ser reunir com o presidente Donald Trump e o fim da guerra tarifária pode estar na pauta.

De acordo com matéria da Reuters, 100 CEOs das maiores empresas do país participam de um encontro promovido pela Business Roundtable, associação que reúne líderes de companhias como Apple (AAPL; AAPL34), J.P. Morgan Chase (JPM; JPMC34) e Walmart. O evento ocorre em Washington, em um momento de crescente preocupação nos mercados financeiros com a possibilidade de recessão e alta da inflação.

Os mercados de ações europeus fecharam em baixa na terça-feira (11), ampliando drasticamente as perdas à medida que as tensões comerciais entre os EUA e o Canadá aumentavam. As ações listadas em Milão da Stellantis, proprietária da Jeep e da Dodge, por exemplo, caíram 5%, depois que Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre carros que entram nos EUA vindos do Canadá. A Stellantis tem várias unidades de produção no Canadá.

Tarifaço de Trump amplia volatilidade

A volatilidade no mercado acionário tem sido impulsionada pelos temores de que as tarifas comerciais impostas pelo governo republicano possam aumentar os custos das empresas e minar a confiança do consumidor. Na véspera do encontro, Trump anunciou que dobrará as tarifas sobre produtos de aço e alumínio importados do Canadá, medida que se soma a uma série de tarifas aplicadas nos últimos meses como parte de sua estratégia econômica.

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Os impactos das políticas protecionistas já começaram a ser sentidos. O presidente da Delta Air Lines, Ed Bastian, alertou que a incerteza econômica tem levado empresas a reduzir gastos e afetado o setor de viagens. “Vimos empresas começarem a recuar. Os gastos corporativos começaram a estagnar”, afirmou em entrevista à CNBC.

O mercado, que inicialmente viu com otimismo as políticas de Trump, como cortes de impostos e desregulamentação, agora se mostra apreensivo com os efeitos colaterais das medidas tarifárias. O CEO da BlackRock, Larry Fink, declarou que o nacionalismo econômico pode acabar pressionando ainda mais a inflação.

Já o Goldman Sachs revisou sua previsão para o crescimento dos EUA em 2025, reduzindo a estimativa, enquanto elevou sua projeção para a inflação. O CEO do banco, David Solomon, também membro da Business Roundtable, destacou que as tarifas comerciais mais rígidas foram um fator determinante para a mudança nas projeções.

Na semana passada, o grupo empresarial defendeu que os cortes de impostos promovidos por Trump se tornem permanentes e pediu avanços em reformas regulatórias nos setores de energia, infraestrutura e manufatura, áreas que têm forte alinhamento com o governo republicano.

Queda na aprovação

Coincidência ou não, a aprovação do presidente dos Estados Unidos caiu abaixo da desaprovação pela primeira vez desde sua posse, segundo uma análise do estatístico Nate Silver, divulgada nesta segunda-feira (10). Os dados compilam mais de 200 pesquisas desde janeiro, mostrando que 47,9% dos americanos aprovam o governo, enquanto 48,1% desaprovam.

Essa queda na aprovação ocorre em meio às ameaças de aumento de tarifas por parte do chefe do Executivo norte-americano. No entanto, Trump não vê preocupação com o mercado e defende seu ponto de vista para o país.

“Não me preocupo com a queda nas bolsas, e algumas pessoas farão bons negócios. A economia do país vai ‘bombar'”, disse ele.

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