Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Tarcísio: SP manterá privatizações apesar de greve

Tarcísio: SP manterá privatizações apesar de greve

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), criticou a greve realizada nesta terça-feira (28) por servidores do metrô, da CPTM e da Sabesp (SBSP3), em protesto contra a privatização da companhia de saneamento básico, que está em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e de outros processos de privatização de empresas públicas.

“Estamos seguindo o que nós prometemos na campanha. As desestatizações e os estudos para concessões não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós dissemos que faríamos isso e vamos continuar fazendo”, afirmou o governador em pronunciamento agora pela manhã.

Ele reiterou que o processo da Sabesp deve ser aprovado até o fim do ano, e que ajudará o Estado a garantir a universalização dos serviços de água e esgoto até o fim de 2028.

Publicidade
Publicidade

O projeto de lei que permite a desestatização da companhia passou em comissões na semana passada e será objeto de uma audiência na Alesp hoje à tarde. A ideia do governo é que o texto passe em plenário ainda este ano e o processo seja realizado no primeiro semestre de 2024, por meio de um follow on que manterá o Estado como principal acionista.

Tarcísio disse ainda que a greve está em desacordo com a Constituição, pois não diz respeito a questões diretamente ligadas às demandas trabalhistas, como reajuste salarial, e diz que a paralisação é um “ato explícito de chantagem”.

“Afirmam que, se o Governo do Estado suspender estes processos, as greves cessarão. Importante destacar que tais processos, além de terem sido legitimados democraticamente pelas urnas, estão sendo amplamente discutidos no foro adequado”, afirmou o governador em sua conta no X (antigo Twitter).

A paralisação inclui, além dos trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp, professores da rede estadual e servidores da Fundação Casa. O principal impacto da greve, porém, está sendo nos sistemas de transporte. Os trens da CPTM são operados por maquinistas ou supervisores que não aderiram à paralisação, e no metrô  a condução está a cargo dos supervisores de tráfego.

A Justiça do Trabalho havia determinado que o Metrô funcione com 80% da capacidade total nos horários de pico, índice que sobe para 85% na CPTM. A greve deve ser encerrada às 23h59.

Para reduzir o efeito da greve, o próprio Tarcisio havia anunciado ponto facultativo aos servidores estaduais. Várias empresas liberaram os funcionários para o trabalho em home office. Mesmo assim, o trânsito pela manhã ficou acima da média, com cerca de 630 km de lentidão registrados por volta das 8h.