Nas eleições municipais do último domingo (6), mais de 1,6 mil candidatos a vereador não obtiveram sequer um voto, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que nem mesmo os próprios candidatos votaram em si.
Apesar disso, mais de 400 desses candidatos sem votos conseguiram garantir a suplência para se tornar um dos suplentes a vereador.
A suplência permite que um candidato assuma o cargo em caso de vacância do titular, seja por falecimento, licença para assumir outro cargo ou outros motivos que o afastem temporariamente.
O estado da Bahia lidera o número de candidatos sem votos, com pelo menos 268 casos, seguido por São Paulo, com 214, e Minas Gerais, com 193.
Em termos de gênero, há um equilíbrio: 843 são homens e 802 são mulheres.
Embora inusitado, o fato de um candidato não votar em si mesmo não é ilegal. Contudo, a ausência de votos combinada com altas receitas de campanha pode levantar suspeitas de candidaturas laranjas, como já ocorreu em pleitos anteriores.
É importante lembrar que os dados do TSE ainda podem ser atualizados, pois a Justiça Eleitoral, mesmo com 100% dos votos apurados nas urnas eletrônicas, enfrenta lentidão na totalização e divulgação dos resultados.
O levantamento realizado considerou apenas candidatos aptos ou com registros em fase recursal, excluindo aqueles inaptos, falecidos ou que renunciaram.
Como funciona a suplência para vereadores?
Nas câmaras municipais, os suplentes não integram a mesma chapa dos vereadores eleitos, diferentemente do que ocorre com senadores. Eles pertencem à lista da coligação partidária que conquistou as vagas.
O suplente tem a chance de assumir o cargo se tiver obtido pelo menos 10% do quociente eleitoral. A ordem de convocação segue a qualificação decrescente dentro da federação partidária e, em caso de empate, prevalece o candidato mais velho.
O suplente pode ser convocado para assumir o cargo em situações como licença do titular para disputar outra eleição ou problemas de saúde. Contudo, ele não recebe salário enquanto não estiver efetivamente ocupando o cargo de vereador.
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