A Starlink, o serviço de internet via satélite da SpaceX, uma das empresas do bilionário Elon Musk, informou que bloqueará o acesso à rede social X, em uma tentativa de continuar suas operações no país sem risco de perder sua licença.
Antes, a a companhia de internet via satélite de Musk havia informado à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que não iria cumprir a decisão de bloquear o acesso ao antigo Twitter.
A decisão vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter ordenado o bloqueio da rede social, em meio a um impasse judicial que envolve multas não pagas e a recusa da X em cumprir determinações do tribunal.
O STF ordenou o bloqueio do X após a rede social se recusar a suspender contas que, segundo o tribunal, estariam publicando conteúdos considerados prejudiciais às instituições do estado brasileiro. Entre as contas não suspensas estava a do senador Marcos do Val, investigado por suposta participação em conspirações para minar os trabalhos do STF.
Starlink tem mais de 250 mil clientes no Brasil
Em resposta à desobediência da X, o STF congelou os ativos financeiros da Starlink no Brasil, na tentativa de garantir o pagamento das penalidades impostas à rede social. Moraes afirmou que as empresas de Musk estariam atuando de forma coordenada para desafiar as decisões do tribunal.
A Starlink, que possui cerca de 250.000 clientes no Brasil, publicou uma declaração na rede social X, informando seus clientes sobre a decisão de bloquear o acesso à plataforma no país. A empresa ressaltou que, apesar do “tratamento ilegal” que recebeu, estava cumprindo a ordem de bloqueio e buscando todas as vias legais possíveis para contestar a decisão de Moraes, que, segundo críticos, estaria ultrapassando limites ao tentar controlar o discurso nas redes sociais.
A situação ficou mais tensa após Musk, em postagens anteriores, ter comparado Moraes a vilões do cinema como Darth Vader e Voldemort, e pedido seu impeachment, acusando-o de promover censura ilegal.
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