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Shein anuncia acordo com 164 fábricas brasileiras

Shein anuncia acordo com 164 fábricas brasileiras

A varejista online Shein anunciou um acordo de produção local com 164 fábricas brasileiras em um movimento empresarial que visa rebater as duras críticas que vinha recebendo de empresários do setor.

Trata-se de mais um passo em seu plano de nacionalizar a produção de peças no Brasil, conforme acordado com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva meses atrás.

A firma asiática disse que das 164, 114 já estão produzindo, algumas desde janeiro, e até 2026 a empresa espera nacionalizar 85% da produção.

Presidente do conselho da Shein para América Latina, Marcelo Claure disse que, atualmente, a proporção é de 15% de produtos locais.

Ao Valor Econômico, ele rebateu as críticas de varejistas brasileiros de que a isenção de impostos sobre produtos importados de até US$ 50 seja uma vantagem desleal para a chinesa.

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O executivo destaca que o diferencial de sua empresa é o modelo de negócio, em alusão à produção sob demanda da empresa.

“Temos somente 2% de inventário”. O executivo ressaltou que a adesão da Shein ao programa “Remessa Conforme”, que entra em vigor em 1º de agosto, é uma forma de trazer regras mais claras ao setor de varejo on-line. “É ótimo que o governo acelere tudo isso”. Claure negou rumores sobre eventuais favorecimentos da Shein à Coteminas, empresa comandada por Josué Gomes, presidente da Fiesp e filho do ex-vice-presidente José Alencar. “Quero ajudar a Coteminas, entregando mais pedidos para que ela fabrique muito. Não há nada mais do que isso.”

Varejista online Shein

Mais cedo o BTG (BPAC11) divulgou relatório onde analisa o segmento de Varejo & Consumo.

No documento, o banco de investimentos destaca que as companhias varejistas seguem sem fundamento no curto prazo.

“As taxas de juros continuam prejudicando os resultados, mas a perspectiva é mais favorável, pois o custo de financiamento deve cair no segundo semestre, reduzindo as pressões de alavancagem”, ressaltou.

BTG (BPAC11)

Segundo o BTG, o 1S23 foi marcado por um mix de eventos, em que os fundamentos de curto prazo ainda estavam pressionados. “Trata-se de uma tendência que acreditamos que deve persistir na maioria das histórias até o final do ano”, disse.

E acrescentou: “mas a aversão ao risco caiu devido a uma possível queda nas taxas de juros. Por isso, revisamos nossas estimativas para 19 empresas em nosso universo de cobertura, nos aprofundando nos impactos mistos de custos de financiamento mais altos, reabertura econômica e tentativas das empresas de preservar margens e caixa.”

No geral, elencou, para o período 2024-2026, o banco revisou as estimativas de receita e EBITDA em -8% e -7%, respectivamente, enquanto as estimativas de lucro agora são 17% menores do que nos modelos anteriores.