O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 48,692 bilhões em fevereiro, conforme divulgou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira. Em fevereiro de 2023, o resultado havia sido deficitário em R$ 26,453 bilhões.
Os números do setor público consolidado envolvem governo central (formado por Previdência e Tesouro, além do próprio BC), Estados, municípios e estatais, excluindo as do grupo Petrobras e Eletrobras, bem como bancos públicos como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Em fevereiro, o déficit do governo central foi de R$ 57,821 bilhões, enquanto Estados e municípios apresentaram um superávit de R$ 8,646 bilhões. As estatais registraram um déficit de R$ 483 milhões.
Nos últimos 12 meses até fevereiro, o déficit atingiu R$ 268,229 bilhões, correspondendo a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB). Comparativamente, nos 12 meses até janeiro, o déficit estava em 2,25% do PIB.
No segundo mês de 2024, o setor público consolidado apresentou um déficit nominal, incluindo despesas com juros, no valor de R$ 113,858 bilhões, em comparação com um déficit de R$ 90,606 bilhões no mesmo período do ano anterior.
O resultado nominal de fevereiro foi composto por um déficit primário de R$ 48,692 bilhões, além de despesas com juros totalizando R$ 65,166 bilhões.
Em 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 1,015 trilhão, representando 9,24% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento em relação ao déficit de R$ 991,878 bilhões (9,07% do PIB) acumulado até janeiro. A despesa com juros nos últimos 12 meses totalizou R$ 746,901 bilhões, equivalente a 6,8% do PIB, comparado a 6,82% do PIB em janeiro.
É importante ressaltar que esses dados não incluem as empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Além disso, os bancos estatais não são considerados, já que as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.
Setor público consolidado: dívida bruta
Em fevereiro, a dívida bruta dos governos no Brasil alcançou R$ 8,302 trilhões, representando 75,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso representa um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior na relação com o PIB.
Segundo o Banco Central, a variação mensal da dívida pode ser explicada principalmente por alguns fatores. Houve um efeito positivo de 0,1 ponto percentual (p.p.) do PIB devido às emissões líquidas da dívida e um impacto de 0,6 ponto do PIB devido aos juros nominais. Por outro lado, o crescimento nominal do PIB teve um efeito negativo de 0,4 ponto em relação ao PIB, contribuindo para amortecer o aumento da dívida.
Já a dívida líquida do setor público não financeiro subiu 0,8 ponto percentual (p.p) em relação ao PIB e ficou em 60,9% (R$ 6,694 trilhões). A comparação é com janeiro. A variação mensal pode ser explicada pelos seguintes fatores: um impacto positivo de 0,6 ponto devido aos juros nominais apropriados, um aumento de 0,4 ponto devido ao déficit primário e uma redução de 0,3 ponto devido à variação do PIB nominal.
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