O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou em evento realizado no Paraná os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a julho, divulgados nesta sexta-feira (11).
Segundo ele, apesar de terem vindo acima das expectativas do mercado, há perspectiva de retorno da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta da inflação é de 3,25% este ano e de 3% de 2024 a 2026.
O IPCA foi de 0,12%, após deflação de 0,08% registrada em junho. No ano, o IPCA acumula alta de 2,99%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação é de 3,99%. Em 2023, o IPCA acumula uma alta de 2,99%. Em julho de 2022, houve recuo de 0,68%.

“A nossa atenção está voltada especialmente para a inflação do setor de serviços. O núcleo inflacionário ainda se mantém consideravelmente acima da meta estipulada. No entanto, no que tange aos números apresentados pelo IPCA hoje, observamos uma ligeira melhora no segmento de serviços”, declarou.
Ele enfatizou ainda a relevância das decisões técnicas do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros: “O cerne não reside meramente na decisão de elevar ou reduzir as taxas de juros, mas sim no método empregado para tal. Se a ação fosse tão simples quanto apertar um botão de elevação ou queda, as crises seriam uma ocorrência rara. Infelizmente, tais soluções simplistas são ilusórias”, disse Roberto Campos Neto.
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