O Real Digital, projeto de digitalização da moeda brasileira, está tomando forma no país.
Nesta quarta-feira (24), mais cedo, o Banco Central divulgou a lista de 14 grupos de instituições que participarão do projeto piloto.
De acordo com a autoridade monetária, a moeda virtual está em fase de elaboração, e os selecionados serão incorporados à plataforma até meados de junho.
Ao todo, o BC recebeu 36 propostas, entre candidaturas individuais e consórcios de entidades, somando mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros.
“Nessa fase do Piloto RD [Real Digital], serão testadas funcionalidades de privacidade e programabilidade através da implementação de um caso de uso específico – um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação”, destacou.
E disse mais: “esse caso de uso permite dar foco nos testes na privacidade, uma vez que promove a troca de informação entre os vários participantes da plataforma, e testa ainda a programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade”.
Veja os selecionados:
- Bradesco
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
- Banco do Brasil

Real Digital e o Banco Central
O Real Digital é a evolução da moeda nacional, e o BC do Brasil está sempre na vanguarda das novas tecnologias aplicadas ao mercado financeiro.
Prova disso é o PIX, sistema de pagamentos e transferências eletrônicas criado pelo BC e que desbancou o DOC e o TED, que serão aposentados em breve.
Conforme noticiado pelo EuQueroInvestir no começo de maio, o Pix cresceu na preferência dos brasileiros.
Quanto ao DOC, durante 39 anos este possibilitou a transferência de recursos entre contas de diferentes titularidades, mas o crédito na conta do beneficiário ocorre apenas no dia útil seguinte à data de emissão. Além disso, as transferências por este recurso têm limite de R$ 4.999,99.
O Pix, por sua vez, foi criado em outubro de 2020 e, agora, com o mais atual alcançando o volume de 1,22 trilhão de transações em dezembro de 2022, bem como 1,1 trilhão em janeiro, o BC já anunciou o fim do DOC, que deve funcionar somente até o dia 29 de fevereiro de 2024.
Outra ferramenta que também deixará de funcionar é a Transferência Especial de Crédito (TEC), feita exclusivamente por empresas para pagar benefícios aos funcionários.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a razão é mesmo a queda na utilização destes recursos. Isso mostra que o Pix, de fato, ganhou a aderência tanto da população quanto do empresariado.
- SAIBA MAIS SOBRE O REAL DIGITAL E INVISTA EM ATIVOS RELACIONADOS