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Quanto ganham os CEOs?

Quanto ganham os CEOs?

Digamos que você almeje sentar na tão desejada cadeira de CEO (sigla em inglês para Chief Executive Officer) será que vale a pena? Para saber, quanto ganham os CEOs, um estudo divulgou o salário médio desse cargo e de membros do conselho de administração de empresas listadas na Bolsa de Valores.

De acordo com a análise, o perfil de CEOs é marcado por figuras masculinas, tendo ainda poucas mulheres ocupando a posição mais alta das companhias.

Elaborada pela consultoria Vila Nova Partners, a pesquisa foi realizada com dados atualizados consideram 83 empresas listadas no Índice Bovespa da B3, que juntas, representam a maior parte do volume negociado na Bolsa de Valores brasileira.

O estudo analisou 84 CEOs e 775 posições em conselhos de administração.

A maior parte das empresas analisadas é do setor industrial (37 companhias do ramo); consumo e varejo, e serviços financeiros (17 empresas de cada um desses dois setores). Além disso, a lista conta com as áreas de saúde; serviços, educação e governo; e tecnologia, mídia e comunicações, com quatro empresas cada.

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Os dados foram levantados com diferentes fontes. A consultoria analisou o Capital Social da B3, a listagem do Índice Ibovespa, os registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), os Formulários Cadastrais e os Formulários de Referência 2024 das empresas.

Com essas informações, foi calculada uma remuneração média de quanto ganham os CEOs.

Salário milionário e perfil: quanto ganham os CEOs

Segundo a pesquisa, o salário médio anual de um CEO no Brasil chega a R$ 15,36 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 1,28 milhão por mês. Esse valor é quase três vezes maior que o salário de diretores das empresas. No setor da saúde, os CEOs recebem as maiores remunerações, com valores que ultrapassam R$ 29,31 milhões por ano.

Fazendo um panorama geral, cerca de 46% dos CEOs brasileiros têm formação em engenharia.

A maioria deles (70%) possui um nível avançado de educação, com títulos como mestrado, MBA ou doutorado. Grande parte também passou por cargos no conselho de administração, com 79% tendo atuado como conselheiros. Além disso, 61% dos CEOs foram promovidos internamente, ou seja, dentro da mesma empresa ou grupo.

Ainda de acordo com o levantamento, a presença de estrangeiros e mulheres nesses cargos é equivalente, ambos representando apenas 5% do total. No caso das mulheres, houve um leve aumento em relação a 2023, quando a participação era de 4%, resultado da nomeação de Magda Chambriard como CEO da Petrobras em maio deste ano.

Já na faixa etária, a idade média dos CEOs é de 54,8 anos, sendo que 45% deles estão na faixa etária entre 50 e 59 anos.

O cargo é geralmente ocupado por profissionais experientes: 36% dos CEOs possuem entre seis e dez anos na função, enquanto 34% têm mais de dez anos de atuação. Além disso, 42% desses executivos possuem experiência internacional.

Apesar de perfis específicos, na hora da remuneração, o salário é composto por diferentes elementos. Além do salário fixo, há uma parte variável, que pode incluir bônus, participação nos lucros, ações e, em alguns casos, uma compensação conhecida como “quarentena”.

Essa última refere-se a um período em que o executivo é impedido de atuar em empresas concorrentes após deixar seu cargo atual.

Conselho de Administração: desigualdade

A pesquisa também avaliou a composição dos conselhos de administração das empresas, revelando a persistente desigualdade. De acordo com a consultoria, 90,4% dos conselhos contam com ao menos uma mulher, um número inferior ao registrado em 2023.

“Os resultados desta pesquisa evidenciam uma estagnação na diversidade de gênero em conselhos, com um aumento irrisório de posições ocupadas por mulheres, de 19,4% em 2023 para 19,6% em 2024. Outro indicador que demonstra essa falta de evolução é a redução do número de conselhos que apresentam mulheres em seus quadros, que regrediu de 91,6% para 90,4% na data de corte do estudo”, destaca o relatório.

Apenas 22,9% dos conselhos possuem três ou mais mulheres.

Em termos proporcionais, isso equivale a uma média de 1,8 mulher para cada 7,5 homens entre os membros. A indústria se destaca como o setor com maior presença feminina nos conselhos, enquanto o setor de saúde apresenta a menor representatividade de mulheres.

Na faixa etária, a idade média dos membros dos conselhos é mais alta que a dos CEOs. Cerca de 19% dos conselheiros têm mais de 70 anos, enquanto apenas 2% têm menos de 40. Quanto à formação acadêmica, a engenharia também se sobressai entre os membros dos conselhos, assim como no perfil dos CEOs.

Já diversidade racial nos conselhos é extremamente limitada. Apenas 1% dos membros se autodeclaram pretos, enquanto 84% se identificam como brancos. Além disso, 3% se autodeclaram pardos, 1% amarelos, e 11% preferiram não responder sobre cor ou raça.

Há uma grande disparidade salarial entre os presidentes e os demais membros do conselho de administração. Os presidentes dos boards recebem, em média, R$ 377.419 mensais, o que é quase cinco vezes mais do que o salário médio dos demais membros, que é de R$ 78.917 por mês.

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