Vivendo de Renda com Ações
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
PT propõe dobrar imposto sobre casas de apostas após derrota da MP 1.303

PT propõe dobrar imposto sobre casas de apostas após derrota da MP 1.303

Um dia após a derrota do governo Lula na Câmara, o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou um novo projeto de lei que propõe dobrar a tributação das casas de apostas online, conhecidas como bets

O texto, protocolado na última quinta-feira (9), eleva a alíquota do setor de 12% para 24%, retomando o discurso da chamada “taxação BBB” — bets, bancos e bilionários.

Metade da arrecadação será destinada à saúde

De acordo com o projeto, metade da arrecadação adicional — equivalente a 12 pontos percentuais — será destinada a programas de saúde pública, com foco em ações de prevenção e tratamento do vício em jogos.

A justificativa apresentada pelo partido cita dados que apontam mais de 2 milhões de brasileiros com algum grau de dependência em apostas, além de um aumento de 300% nos atendimentos da rede pública relacionados ao “jogo patológico” entre 2022 e 2024.

“O Brasil já conta com mais de 2 milhões de pessoas viciadas em jogo. O aumento da taxação se justifica porque as apostas são nocivas à saúde e à economia familiar, gerando queda no consumo de alimentos e medicamentos e aumento do endividamento”, afirmou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), em nota.

Publicidade
Publicidade

Reação à derrota da MP 1.303

O movimento ocorre menos de 24 horas após a Câmara retirar de pauta a Medida Provisória (MP) 1.303, que previa aumento de tributos sobre bancos, investimentos e o setor de apostas. Com a perda de validade da MP, o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 35 bilhões previstos entre 2026 e 2027, configurando a maior derrota política do Planalto neste ano.

Na versão original da MP, o imposto sobre as bets subiria de 12% para 18%. O relator Carlos Zarattini (PT-SP), no entanto, retirou o trecho para tentar construir um acordo com o Centrão. A decisão provocou atritos internos e reduziu a estimativa de arrecadação da proposta de R$ 20 bilhões para R$ 17 bilhões.

Segundo apurou a Folha de S. Paulo, parlamentares petistas consideram que abrir mão da taxação das apostas foi um erro político e fiscal. 

“O lobby foi pesado, e a aposta era garantir a aprovação geral da MP”, disse um integrante da bancada.

Governo busca alternativas fiscais

Com a queda da medida, o Ministério da Fazenda agora avalia novas alternativas para recompor as receitas. Entre as opções em análise estão um decreto para ampliar o IOF e a retomada de um programa de regularização fiscal para empresas do setor que atuaram antes da regulamentação.

O ministro Fernando Haddad tem defendido que a recomposição da arrecadação é essencial para manter o plano de equilíbrio fiscal em 2026, especialmente diante da frustração de receitas provocada pela derrota no Congresso.

Leia também: