O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que deixará o cargo após quase dez anos à frente do governo, encerrando semanas de especulação sobre seu futuro político.
Trudeau também informou que o parlamento será suspenso até 24 de março, para dar tempo ao seu partido Liberal de escolher um novo líder.
“Pretendo renunciar como líder do partido e como primeiro-ministro após a seleção de um novo líder pelo partido,” disse Trudeau.
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Crise no governo do primeiro-ministro do Canadá
A crise no governo de Justin Trudeau teve início em dezembro, quando parlamentares começaram a pressioná-lo a renunciar após a saída da vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland. Sua demissão gerou instabilidade política, colocando o Canadá em um dos momentos mais turbulentos de seu governo, que começou em novembro de 2015.
A situação se agravou com a perda de popularidade de Trudeau, atribuída principalmente ao aumento do custo de vida no país, o que afetou negativamente a imagem do primeiro-ministro a menos de um ano das próximas eleições. As pesquisas atualmente indicam que o Partido Conservador, principal oposição, tem grandes chances de vencer nas urnas.
Em meio à crise política, dados financeiros divulgados nesta segunda-feira revelaram que o governo canadense registrou um déficit de US$ 43,4 bilhões (R$ 267 bilhões), um número 50% superior ao previsto. A previsão de crescimento do PIB também foi revisada para baixo, passando de 1,9% para 1,7%.
Esses fatores colocam o governo de Trudeau em um cenário de fragilidade, com a possibilidade de um voto de desconfiança no Parlamento em 2025, caso partidos de oposição se unam contra ele. Além disso, o país enfrenta desafios externos, como as tensões comerciais com os Estados Unidos, principal parceiro comercial do Canadá, responsável por 75% das exportações canadenses.
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