O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que não pretende pautar um pedido de impeachment de Lula por supostas irregularidades no programa Pé-de-Meia.
Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, Motta afirmou que o foco do Legislativo deve ser a estabilidade do país. “Não está no nosso horizonte movimentos que tragam instabilidade ao País”, destacou.
Eleições de 2026 e polarização política
Sobre as eleições presidenciais de 2026, Motta reconheceu que o cenário segue polarizado entre o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirmou que ainda há incerteza sobre a possibilidade de Bolsonaro concorrer ou se apoiará outro candidato. No entanto, acredita que essa decisão será tomada apenas nos meses anteriores ao pleito.
Segurança pública e emendas parlamentares
Motta também adiantou que pretende colocar a segurança pública como uma prioridade na Câmara, defendendo o endurecimento das penas para crimes violentos. “O parlamento precisa entender que precisamos tratar como uma questão de Estado ou nós vamos em cinco, dez, 15 anos, presenciar um Brasil dominado por facções”, alertou.
Em relação às emendas parlamentares, que têm gerado atritos com o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente com o ministro Flávio Dino, o presidente da Câmara reafirmou que a Casa não abre mão do direito de destinar recursos. “Somos iguais. Independentes. Transparência para todos é o que a sociedade pede”, afirmou
Semipresidencialismo em debate
O presidente da Câmara também comentou a proposta de adoção do semipresidencialismo no Brasil. Embora reconheça o interesse de alguns partidos no tema, ele afirmou que não há compromisso em pautá-lo com urgência. “Discutir o sistema político do Brasil é sempre bom para buscar mais eficiência, buscar mais participação popular e buscar governos sempre de mais resultados para a população”, explicou.
A proposta, apoiada por 181 parlamentares e apresentada pelos deputados Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e Lafayette Andrada (Republicanos-MG), ganhou força com o respaldo de Motta, que já mencionou o tema em seu discurso de posse.
Tarcísio de Freitas e eleições futuras
Sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Motta disse acreditar que ele buscará a reeleição em 2026 e não uma candidatura à presidência contra Lula. Para o parlamentar, Tarcísio pode disputar a presidência apenas em 2030, caso Bolsonaro não tenha sua situação jurídica regularizada a tempo de concorrer em 2026.
Além disso, Motta apontou que novas lideranças de centro só devem ter protagonismo na corrida presidencial a partir de 2030, pois, para 2026, ele vê uma disputa concentrada entre Lula e Bolsonaro.
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