O preço do petróleo registrou fortes perdas nesta sexta-feira (4), encerrando o pregão nos patamares mais baixos desde o final de 2021. A escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China, com a imposição mútua de tarifas de 34%, provocou uma onda de aversão ao risco e pressionou os preços da commodity no mercado internacional.
O petróleo tipo Brent, referência global, tombou 6,50%, fechando a US$ 65,58 por barril. Já o WTI, principal referência dos Estados Unidos para o contrato de maio, despencou 7,41% e encerrou o dia cotado a US$ 61,99 por barril. No acumulado da semana, as perdas foram significativas: o Brent recuou 9%, enquanto o WTI acumulou baixa de 9,70%.
A forte desvalorização reflete o temor de que as tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo venham a comprometer o crescimento global. A China, maior importadora mundial de petróleo, tende a reduzir sua demanda em meio a um cenário econômico mais adverso, com risco crescente de desaceleração ou até recessão.

Preço do petróleo derruba petroleiras nacionais
No cenário nacional, petroleiras nacionais sofreram com a queda internacional do petróleo. A Brava Energia (BRAV3), por exemplo, recua 12%, a R$ 18,52, aprofundando as perdas de ontem. O mesmo ocorre com a Petrorecôncavo (RECV3) que recua perto de 7,96%, a R$ 14,46; e a Prio (PRIO3), que tomba 7,85%, a R$ 33,94, pouco antes do fechamento do mercado. Todas as três empresas figuram entre as maiores qudas do Ibovespa.
Para os investidores, o temor maior é que o conflito comercial afete não apenas o fluxo de mercadorias, mas o ritmo de investimento e consumo, afetando diretamente a demanda por petróleo em escala global. A sinalização de que os bancos centrais poderão ter dificuldades em conter os efeitos inflacionários e garantir estabilidade econômica também adiciona pressão sobre os mercados.
Você leu sobre preço do petróleo. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!