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Mais dados bons de inflação devem reforçar confiança para corte de juros, diz Powell

Mais dados bons de inflação devem reforçar confiança para corte de juros, diz Powell

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira (9) que não será apropriado reduzir juros nos Estados Unidos até que a autoridade monetária tenha confiança no progresso da desinflação no país. O banco central norte-americano tem a meta de 2% no ano. De acordo com ele, mais leituras de dados bons “fortaleceriam a confiança” de uma movimentação sustentável em direção a essa meta.

Ainda que haja progresso, o comitê do Fed, que toma as decisões de política monetária, ainda não tem confiança suficiente na trajetória da inflação futura para começar a cortar juros. Isso porque uma aceleração da inflação foi observada durante o primeiro trimestre do ano.

Por outro lado, Powell destacou que a inflação “não é mais o único risco” enfrentado, considerando a desaceleração considerável dos preços e do mercado de trabalho desde o início do ciclo de alta dos juros no país.

O presidente do Fed destacou que as condições retornaram aos níveis do começo da pandemia de covid-19, enquanto a atividade econômica segue em expansão “sólida”.

Powell avaliou que o afrouxamento das condições monetárias de maneira tardia pode enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego. Contudo, reduzir os juros muito cedo ou em demasia, pode reverter ou estagnar o progresso da inflação até a meta.

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Para o presidente do Fed, os riscos para o cumprimento das metas de inflação do banco central dos EUA e pleno emprego estão mais equilibrados.

A próxima reunião de política monetária dos Estados Unidos está agendada para o final deste mês, em 30 e 31 de julho.

Economia em desaquecimento

Na última semana, dados do payroll mostraram que o número de vagas criadas em junho veio acima do esperado, porém com fortes revisões para baixo em abril e maio, em mais de 100 mil. Em geral, o resultado aponta para um mercado de trabalho que está desacelerando, mas em um ritmo gradual, segundo o economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz. “É um movimento de piora acelerada do mercado de trabalho.

Além disso, dados de atividade do país também mostram uma desaceleração contínua. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), caiu de 48,7 em maio a 48,5 pontos em junho. A projeção do mercado era de alta de 49,1 pontos.

O dado de serviços, também medido pelo ISM, saiu de 53,8 para 48,8 pontos em junho. A expectativa era de 52,6 pontos.

Com isso, a atividade permanece abaixo da marca de 50,0, que separa contração da expansão.