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CPI: inflação nos EUA sobe 0,4% em março, acima do esperado

CPI: inflação nos EUA sobe 0,4% em março, acima do esperado

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos teve alta de 0,4% em março na comparação mensal, após avanço de 0,4% em fevereiro. Os dados do CPI, inflação nos EUA, com ajuste sazonal foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho norte-americano e vieram acima da projeção do mercado, de alta de 0,3%.

Nos últimos 12 meses, a inflação nos EUA avançou 3,5%, sem ajustes sazonais.

O núcleo da inflação nos EUA, que exclui preços voláteis, como alimentos e energia, teve alta mensal de 0,4% em março. O avanço anual do núcleo do CPI foi de 3,8%, assim como no mês anterior. A expectativa para o núcleo da inflação nos EUA era 0,3% e 3,7%, respectivamente.

Inflação nos EUA: gráfico mostra evolução do CPI

O índice de moradia subiu em março (+0,4%), assim como o da gasolina (+1,7%). Combinados, estes dois índices contribuíram com mais de metade do aumento mensal para todos os itens.

O índice de energia subiu 1,1% no mês, enquanto o de alimentos teve alta de 0,1% em março. A alimentação em casa permaneceu inalterada, enquanto fora de casa subiu 0,3% ao longo do mês.

Tá, e aí?Stephan Kautz

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, aborda a surpresa altista do CPI, acima da projeção, ainda que não avalie como um “grande problema” o número por si. No entanto, a abertura do dado foi negativa e deve pesar. “O núcleo de serviços, que o Fed vem chamando bastante a atenção, foi um número bem alto, voltando ao patamar próximo a 0,70%. Nos últimos três meses, foram altas de 0,70%, 0,50% e 0,70% novamente, o que é negativo.

Para Kautz, a abertura negativa do CPI de março leva o mercado a precificar apenas dois cortes nos juros dos EUA para 2024, de três anteriormente estimados. “Além disso, a notícia negativa do CPI deve sobrepujar o IPCA melhor do que o esperado na sessão desta quarta-feira (10)“, comenta. Escute o áudio completo a seguir:

Inflação nos EUA: mercado adia apostas para corte de juros

Cortes na taxa de juros dos Estados Unidos podem vir somente depois do meio do ano. A possibilidade foi levantada por analistas internacionais, diante de uma postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed) em relação ao processo inflacionário do país.

Na última sexta-feira (5), o dado oficial do mercado de trabalho, o payroll, reafirmou a robustez do mercado de trabalho norte-americano, aumentando a percepção de que o Fed deve agir com cautela.

Monitoramento do FedWatch para juros nos EUA: reunião de 12 de junho
Monitoramento do FedWatch de projeções para juros nos EUA: reunião de 12 de junho
Projeções para a reunião de 31 de julho | FedWatch
Projeções para a reunião de 31 de julho | FedWatch

O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, e outros agentes do mercado estariam sugerindo que há, inclusive, a possibilidade de que não ocorrerem cortes nas taxas este ano, especialmente se a inflação continuar oscilando. George Lagarias, economista-chefe da Mazars, afirmou à CNBC na segunda-feira que os cortes nas taxas no verão parecem agora menos prováveis.