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Taxa de desocupação fecha 2023 a 7,8%, a menor desde 2014

Taxa de desocupação fecha 2023 a 7,8%, a menor desde 2014

A taxa de desocupação no Brasil, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, chegou a 7,4% no quarto trimestre, ante expectativa do mercado de 7,5%. No ano de 2023, a taxa de desocupação fechou em 7,8%, sendo o menor patamar desde 2014. Em 2022, o desemprego era de 9,6%.

O resultado confirma a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da Covid-19.

O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7%.

gráfico Pnad
Taxa de desocupação: pessoas com mais de 14 anos. Fonte: IBGE

Empregados com carteira e sem carteira: patamar recorde

A estimativa anual do número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% no ano e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série.

Também o contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.

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O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas.

A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, alcançando 3,7 milhões de pessoas.

Rendimento médio aumenta

O valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2% (ou R$ 199) na comparação com 2022.

O resultado chega perto do maior patamar da série, em 2014 (R$ 2.989).

Já o valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior da série, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.

Desocupação têm queda e carteira assinada bate recorde

“A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012”, explica a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.

A população ocupada chegou a 101,0 milhões, crescimento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) na comparação com o tri anterior e 1,6% (mais 1,6 mi) no confronto interanual.

“Destaca-se, ainda, o aumento do número de carteira assinada, que chega ao seu maior nível da série”, complementa.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) teve alta de 1,6% no trimestre e de 3,0% no ano, chegando ao ápice da série da Pnad: 37,973 milhões.

A população desocupada foi de 8,1 milhões, recuo de 2,8% no trimestre e 5,7% no ano, marcando o menor contingente desde o tri encerrado em março de 2015.

A taxa composta de subutilização ficou em 17,3%.

O que é a Pnad?

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal.

Caged veio pior que o esperado

Divulgados na terça-feira (30), os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontaram a abertura líquida de 1.483.598 vagas formais, com carteira assinada, em 2023.

O resultado ficou abaixo da estimativa do mercado, de abertura líquida de 1,538 milhão de vagas, e do resultado de 2022, de 2.013.261.

No ano, foram registradas 23.257.812 admissões contra 21.774.214 desligamentos.

Tá, e aí?João Rabe

“Os números da Pnad continuam evoluindo de forma bastante favorável, vindo abaixo do esperado. A gente ajusta o dado pela sazonalidade ao redor de 7,9%, sendo ainda uma taxa abaixo de 8% e muito positiva”, aponta João Rabe, economista da EQI Asset.

Ele avalia que o salário e massa salarial seguem evoluindo, o que deve sustentar o consumo ao longo do ano, enquanto o desemprego no patamar atual deve frear um pouco  a possibilidade de uma inflação adicional no setor de serviços.

Ouça o áudio na íntegra:

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