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PMI Industrial do Brasil sobe em julho para 47,8 pontos

PMI Industrial do Brasil sobe em julho para 47,8 pontos

O PMI Industrial do Brasil subiu para 47,8 pontos em julho, ante 46,6 pontos registrados em junho, mostrando uma desaceleração no ritmo de queda da produção no setor. Os resultados do levantamento feito pela S&P Global, divulgados nesta terça-feira (1º), apontam retração da demanda, acarretando novos cortes nos cronogramas de produção, empregos e níveis de compras

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PMI Industrial do Brasil: entenda o índice

O PMI Industrial do Brasil é calculado mensalmente pela S&P Global a partir de entrevistas e dados coletados junto a executivos e gerentes de compras de 400 indústrias de todo o país. 

A sigla PMI significa “Índice de Gerentes de Compras”, e a pesquisa é feita pela agência nas principais economias do mundo para medir o sentimento dos setores do mercado sobre o cenário macroeconômico.

Números acima de 50 pontos simbolizam queda da atividade econômica e pessimismo dos agentes sobre o cenário do setor; números maiores que 50 pontos mostram crescimento da atividade e otimismo do setor para ampliar a realização de investimentos.

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Os índices atuais, obtidos entre 12 e 24 de junho, são os melhores dos últimos cinco meses, mas ainda registram um ritmo de produção similar ao da pandemia de covid-19, a partir de março de 2020.

PMI Industrial do Brasil: detalhamento e análise

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Segundo a SP Global, a retração global da demanda por matérias-primas e a falta de pressão nas cadeias de suprimentos levaram à redução mais acentuada nos custos dos insumos já registrada na série histórica, iniciada em 2006. Influenciadas por iniciativas de economia de custos e aumento das vendas, as empresas reduziram os preços de venda no maior nível já registrado desde junho de 2009.

“Os resultados do PMI de julho para o setor industrial brasileiro têm implicações significativas para o desempenho econômico do país, o mercado de trabalho e as taxas de juros O enfraquecimento prolongado da demanda, que restringiu os pedidos a fábricas e a produção nos últimos meses, indica uma contribuição menor do setor para o PIB no segundo trimestre de 2023 e no terceiro trimestre até o

momento”, aponta Pollyanna De Lima, diretora-associada de Economia da S&P Global Market Intelligence.

De acordo com os participantes da pesquisa, condições econômicas difíceis e demanda desfavorável dos clientes reduziram os pedidos a fábricas em julho. A queda mais recente nas vendas foi a décima em meses consecutivos, embora

moderada e a mais lenta desde fevereiro. A redução contínua nas demandas de novos negócios levou as empresas a reavaliar suas necessidades de estoques e provocou a décima redução consecutiva nos níveis de compras.

A demanda fraca por matérias-primas e a maior disponibilidade nos fornecedores levaram a outra queda nos custos dos insumos. A taxa de redução foi acentuada e a mais acelerada na história da pesquisa (desde fevereiro de 2006). A demanda decrescente e a economia de custos viabilizaram a quarta redução consecutiva nos preços cobrados por produtos brasileiros no início do terceiro trimestre. A taxa de desconto foi acentuada e a mais forte desde junho de 2009.

Os gestores entrevistados, contudo, mostram expectativas positivas diante a da provável queda nos juros a ser iniciada nesta semana pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central. Outros pontos de otimismo são relativos à expansão de novas fábricas e à diversificação de produtos,

“Considerando o estado do setor industrial, o Banco Central poderia acelerar sua decisão de cortar as taxas de juros. Reduções na taxa de referência poderiam estimular gastos de famílias e investimentos de empresas, beneficiando a economia e potencialmente tirando a indústria da sua crise atual,” avaliou Pollyana De Lima.