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PMI industrial do Brasil cai a 50,4 em agosto, com contração na produção

PMI industrial do Brasil cai a 50,4 em agosto, com contração na produção

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil saiu de 54,0 para 50,4 pontos em agosto. O resultado é o mais baixo desde o início do ano, reportou a S&P Global nesta segunda-feira (2). O PMI industrial em 50,0 indica atividade em território neutro.

O PMI industrial foi consistente com uma melhoria marginal na saúde do setor e uma perda notável de impulso de crescimento no período.

Os produtores de bens no Brasil enfrentaram alguns desafios em agosto, com o crescimento de novos negócios recuando para o mais fraco de 2024 e os preços de compra sofrendo o maior aumento já registrado em quase dois anos e meio.

Como consequência, diz a S&P, as empresas cortaram os volumes de produção e reduziram a contratação de pessoal adicional. Como resultado da preferência das empresas pela utilização dos estoques de segurança, foi observado apenas um ligeiro aumento nos níveis de compras.

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PMI industrial do Brasil em agosto

Os produtores de bens reduziram os volumes de produção pela primeira vez em oito meses. Na sua maioria, devido à redução das vendas, ao enfraquecimento da demanda subjacente e ao aumento das pressões sobre os custos. A queda na produção, no entanto, foi apenas discreta.

Embora o volume de novos negócios tenha continuado a aumentar na metade do terceiro trimestre, o ritmo de expansão foi o mais lento em oito meses e apenas marginal. Em alguns casos, as empresas sinalizaram que o custo elevado dos fretes encorajou alguns clientes a substituir produtos importados por nacionais. No entanto, o aumento geral foi restringido pela queda na demanda por diversos produtos.

PMI industrial: setor perde impulso em agosto

Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, avalia que o setor industrial brasileiro sofreu uma perda de impulso em agosto com o aumento das pressões sobre os custos prejudicando a capacidade das empresas de fechar novos negócios.

Os fabricantes até mesmo tomaram a iniciativa de reduzir a produção e diminuir o ritmo de contratação na tentativa de conter custos“, diz.

Para a diretora, as empresas esperam uma melhoria na taxa de câmbio do real em breve “para ajudar a aliviar um pouco as pressões sobre os custos e levar a uma revitalização do crescimento nos próximos meses“.