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PMI dos EUA tem leve queda e o da zona do euro sobe

PMI dos EUA tem leve queda e o da zona do euro sobe

O PMI dos EUA, também conhecido como o índice de gerentes de compras, registrou uma leve queda, passando de 50,2 em agosto para 50,1 em setembro, marcando seu nível mais baixo em sete meses, de acordo com dados divulgados pela S&P Global nesta sexta-feira (22).

O PMI específico para o setor de serviços caiu de 50,5 para 50,2. Embora ainda tenha permanecido acima da marca de 50 (indicando expansão da atividade, de acordo com os critérios da pesquisa), atingiu seu ponto mais baixo em oito meses. 

Por outro lado, o índice industrial subiu de 47,9 para 48,9 em um mês, registrando o desempenho mais forte em dois meses.

PMI composto dos EUA em setembro
Gráfico mostra a oscilação do PMI dos EUA

De acordo com a S&P Global, as empresas americanas observaram que as taxas de juros elevadas e a pressão inflacionária resultaram em uma demanda fraca por parte dos clientes, o que impactou a produção geral. Alguns gerentes de compras também mencionaram cancelamentos de pedidos de clientes à medida que as condições de mercado se deterioraram.

Siân Jones, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence, expressou suas preocupações com base nos dados do PMI de setembro, destacando as incertezas sobre a trajetória das condições de demanda na economia dos EUA, influenciadas tanto pela alta nas taxas de juros quanto pela inflação elevada. 

O setor de serviços perdeu ainda mais dinamismo, com a contração de novas encomendas ganhando velocidade“, observou.

Jones também apontou que as pressões inflacionárias permaneceram acentuadas, uma vez que os custos continuaram a subir a um ritmo mais rápido no mês. 

Os custos mais altos dos combustíveis, devido aos recentes aumentos nos preços do petróleo, juntamente com o aumento dos salários, contribuíram para o aumento das despesas operacionais. A fraca demanda ainda representa um obstáculo para as empresas repassarem os maiores custos aos clientes, com os preços cobrados permanecendo inalterados no mês“, explicou o economista.

PMI da zona do euro sobe, mas ainda continua abaixo dos 50 pontos

Já o PMI composto da zona do euro apresentou um aumento, subindo de 46,7 em agosto para 47,1 em setembro. Os dados também foram divulgados pela S&P Global em parceria com o banco HCOB. 

Este é o quarto mês consecutivo em que o indicador de atividade, que engloba a indústria e os serviços, se posiciona abaixo da marca de 50 pontos, que separa a contração da expansão.

Dados do PMI da Zona do Euro

A pesquisa revela que o PMI específico para o setor de serviços teve uma ligeira recuperação em setembro, passando de 47,9 para 48,4 em comparação com o mês anterior, mas ainda permanece abaixo do nível neutro pelo segundo mês consecutivo. Enquanto isso, o PMI industrial recuou de 43,5 para 43,4 entre agosto e setembro.

Os dados divulgados hoje indicam que a atividade empresarial enfrenta o quarto mês seguido de redução de pedidos, com destaque para o declínio no setor de serviços, onde os novos negócios estão experimentando o pior desempenho desde o início da pandemia. Excluindo os piores meses da crise sanitária, as novas encomendas de serviços atingiram o nível mais baixo desde maio de 2013.

Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, observou que os números do setor de serviços na zona do euro pintam um quadro sombrio, embora haja alguns sinais de esperança. 

A atividade foi reduzida mais uma vez, e a entrada de novos negócios tem diminuído por três meses consecutivos. No entanto, as empresas estão contratando em setembro a um ritmo um pouco mais rápido do que em agosto“, destacou em comunicado.

Os preços dos fatores de produção, com os salários desempenhando um papel importante, aceleraram em setembro pelo segundo mês consecutivo. Os preços da produção também continuaram a subir, mas a pressão ascendente diminuiu um pouco, de acordo com o economista.

De La Rubia observou que, embora isso possa trazer algum alívio para os Bancos Centrais, a pressão sobre os preços de produção sugere que o risco de uma espiral salários-preços deve permanecer no radar do Banco Central Europeu (BCE).

O principal obstáculo, de acordo com De La Rubia, continua a vir do setor industrial, onde a situação dos pedidos se deteriorou ainda mais. As empresas continuam a reduzir os estoques, mas as quedas nas compras perderam um pouco de vigor. Portanto, o processo de redução de estoques pode atingir o seu nível mais baixo nos próximos meses, em consonância com uma tendência global.

Em termos de fraqueza no setor industrial, a França está se aproximando da Alemanha. Na verdade, o PMI francês está em queda, enquanto o PMI alemão aumentou marginalmente, saindo de um nível muito baixo“, comparou.

No setor de serviços, a França está em uma situação muito pior do que a Alemanha, que demonstra sinais de estabilização, afirmou De La Rubia. 

Isso pode ser atribuído ao fato de que os negócios e serviços de luxo desempenham um papel mais significativo na economia francesa do que na alemã. Quando as coisas vão mal, esses setores são os primeiros a sentir, muito mais do que os fornecedores de bens não luxuosos.

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