Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
PIB dos EUA cresce 3% no 2TRI25, acima do esperado

PIB dos EUA cresce 3% no 2TRI25, acima do esperado

O PIB dos EUA cresceu 3% no segundo trimestre de 2025, segundo a primeira leitura oficial divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Departamento de Comércio. O dado representa uma forte aceleração em relação à retração de 0,5% observada no primeiro trimestre e veio acima do consenso de mercado, que projetava alta de 2,4%.

Apesar do resultado positivo, analistas apontam que o avanço pode ter sido impulsionado por distorções, à medida que empresas correram para antecipar exportações antes da entrada em vigor de novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

As exportações líquidas tiveram impacto expressivo no resultado, adicionando 5 pontos percentuais ao PIB, após uma retirada recorde observada no primeiro trimestre. O salto atípico, segundo especialistas, reflete movimentos de empresas que tentaram se adiantar às barreiras comerciais impostas pelos EUA, distorcendo a leitura real da atividade econômica.

PIB dos EUA avança, mas consumo e investimentos perdem força

Apesar do crescimento robusto, os dados mostram fragilidades em componentes importantes da economia. O consumo das famílias, que representa cerca de dois terços da atividade econômica do país, cresceu apenas 1,4% no período — o menor ritmo em trimestres consecutivos desde a pandemia de Covid-19. Já o investimento empresarial, que vinha sendo motor da recuperação, mostrou desaceleração.

No campo da inflação, o índice de preços PCE, que exclui alimentos e energia e é a principal métrica monitorada pelo Federal Reserve, subiu 2,5%, acima da expectativa de 2,3%, mas abaixo dos 3,5% do trimestre anterior. O dado reforça a percepção de que as pressões inflacionárias continuam presentes, embora em trajetória moderada.

Para analistas, o desempenho acima do esperado pode não se sustentar nos próximos trimestres. A depender do efeito das tarifas sobre a atividade produtiva e do enfraquecimento do consumo interno, o crescimento pode voltar a perder força no segundo semestre.