O índice de preços dos EUA (PCE), principal indicador de inflação acompanhado pelo Federal Reserve (Fed), subiu 0,3% em junho, segundo dados divulgados pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O número veio em linha com as expectativas do mercado de 0,2% e representa a maior alta mensal desde fevereiro, reforçando o alerta para uma inflação ainda resistente.
O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, também registrou alta de 0,30% no mês.
Variação anual acima do previsto
Na comparação anual, o índice de preços dos EUA (PCE) subiu para 2,60% em junho, acima dos 2,50% projetados por analistas e dos 2,40% registrados em maio. O núcleo do PCE manteve-se estável em 2,8% na base anual, após revisão para cima dos dados de maio, que antes indicavam 2,7%. Essa estabilidade, combinada com a aceleração mensal, aponta para uma inflação persistente no curto prazo.
Consumo e renda também em alta
O relatório do BEA também revelou um aumento de 0,3% na renda pessoal e no consumo dos norte-americanos em junho. A renda disponível subiu US$ 61,0 bilhões, enquanto os gastos com consumo pessoal (PCE) aumentaram em US$ 69,9 bilhões. Desse total, US$ 40,1 bilhões foram direcionados a serviços e US\$ 29,9 bilhões a bens.
A taxa de poupança pessoal ficou em 4,5%, com US$ 1,01 trilhão economizados em junho. O crescimento na renda foi impulsionado por pagamentos de benefícios sociais e pelo aumento da compensação aos trabalhadores.
Reação do mercado e do Federal Reserve
Os dados de junho mantêm a expectativa de que o Fed continuará cauteloso em relação à política de juros. Embora a inflação não esteja em aceleração descontrolada, o ritmo atual ainda está acima da meta de 2% do banco central.
O PCE, sendo o indicador preferido do Fed, segue como referência central para futuras decisões sobre cortes ou manutenção das taxas.
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