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PCE dos EUA sobe menos de 0,1% em março, abaixo do esperado

PCE dos EUA sobe menos de 0,1% em março, abaixo do esperado

O índice de preços ao consumidor (PCE) dos EUA subiu menos de 0,1% em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). Em 12 meses, o PCE acumulou alta de 2,3%, ainda acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).

Ao excluir os componentes mais voláteis — alimentos e energia —, o núcleo do PCE também registrou aumento inferior a 0,1% no mês. Na comparação anual, o núcleo avançou 2,6%.

As projeções do mercado apontavam para altas de 0,3% no PCE cheio e 0,1% no núcleo em março. Na base anual, as estimativas eram de 2,5% e 2,7%, respectivamente.

Em fevereiro, os dados haviam mostrado alta de 0,3% no PCE cheio e de 0,4% no núcleo. No acumulado de 12 meses, os avanços foram de 2,5% e 2,8%, respectivamente.

PCE dos EUA: impacto nas decisões do Fed

O PCE é o indicador de inflação preferido do Federal Reserve e serve como principal referência para o mercado ajustar suas expectativas em relação à política monetária. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) está marcada para os dias 6 e 7 de maio.

No primeiro trimestre de 2025, o PCE avançou 3,6%, acelerando em relação ao aumento de 2,4% registrado no último trimestre de 2024.

Esses dados trimestrais de inflação foram divulgados juntamente com os números do Produto Interno Bruto (PIB). A economia dos EUA apresentou retração de 0,3% entre janeiro e março, a maior contração desde o primeiro trimestre de 2022.

Tá, e aí?Stephan Kautz

Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, em relação à inflação norte-americana, Stephan destacou que o comportamento atual da inflação indica uma estabilização:

“É um número que sugere a inflação rodando entre 2,5% e 3%, que é o que a gente já vem observando aí pelo menos há uns quatro, cinco meses”. Ele aponta que a inflação desacelerou nos últimos meses e agora parece ter encontrado um patamar mais estável.

No entanto, o economista faz uma ressalva importante: os dados ainda refletem uma realidade pré-tarifas, antes dos efeitos da política comercial mais protecionista adotada recentemente.

“A gente vai ter que ver nos próximos meses como que essa inflação também vai se comportar, especialmente na parte de bens”, advertiu, acrescentando que a expectativa é de que as tarifas tragam um impacto de alta nos preços — o que pode voltar a pressionar a inflação.

Ouça o áudio na íntegra: