O PCE dos EUA registrou um aumento de 0,1% em agosto, conforme dados divulgados pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta sexta-feira (27). No acumulado de 12 meses, o PCE atingiu 2,2%, aproximando-se da meta de 2% almejada pelo Federal Reserve (Fed).
O crescimento da inflação em agosto segue um aumento de 0,2% registrado em julho. Até aquele mês, o índice acumulava uma alta de 2,5% nos últimos 12 meses.
As variações mensais e anuais ficaram abaixo das expectativas do mercado, que projetava aumentos de 0,2% e 2,3%, respectivamente.
Desconsiderando os componentes voláteis como alimentos e energia, o núcleo do PCE teve um crescimento de 0,1% em agosto, após uma alta de 0,2% em julho. Em termos anuais, o núcleo registrou um aumento de 2,7%.
PCE dos EUA: cresce renda dos americanos
Em agosto, a renda pessoal dos americanos cresceu 0,2%, representando um aumento de US$ 50,5 bilhões. A renda pessoal disponível (DPI), que corresponde à renda pessoal após o desconto de impostos, também subiu 0,2%, ou seja, US$ 34,2 bilhões. As despesas de consumo pessoal (PCE) aumentaram em US$ 47,2 bilhões, registrando o mesmo crescimento de 0,2% no mês.
O índice cheio, que inclui todas as categorias de preços, desacelerou para 0,1% em agosto e viu sua variação anual cair de 2,5% para 2,2%.
Durante o período, os preços dos bens tiveram uma queda de 0,2%, enquanto os preços dos serviços subiram 0,2%. Os preços dos alimentos aumentaram 0,1%, e os da energia recuaram 0,8%.
O núcleo do PCE, que desconsidera as variações nos preços de alimentos e energia por serem mais voláteis, é a medida de inflação favorita do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para orientar suas decisões de política monetária.
Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, destacou que o PCE (Índice de Preços para Gastos com Consumo) veio um pouco abaixo do esperado, especialmente o núcleo, o que é um bom sinal. A abertura dos dados do setor de serviços também indicou uma desaceleração.
De modo geral, o número é positivo e alimenta a expectativa de que o Fed possa continuar a reduzir os juros nas próximas reuniões. Stephan ainda acredita que eles devem diminuir o ritmo para 0,25 ponto percentual, embora o mercado esteja dividido, com alguns apostando em uma redução de 0,50 ponto na próxima decisão.
Na semana que vem, o dado do payroll será divulgado, o que pode ser um fator importante para reforçar essas apostas ou ajustar essa perspectiva.
Portanto, trata-se de um bom resultado, tanto pela abertura dos dados quanto pela qualidade, e tudo indica que o Fed seguirá com cortes de juros nas próximas reuniões.
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