Os Estados Unidos criaram 256 mil vagas de emprego em dezembro, superando a previsão de 164 mil, segundo o relatório de emprego payroll, divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho dos EUA.
O dado reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, desacelere o ritmo do ciclo de corte de juros.
A taxa de desemprego ficou em 4,1%, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que era de 4,2%. Após um aumento no início do ano, a taxa tem se mantido entre 4,1% e 4,2% nos últimos sete meses. O número de desempregados, que totalizou 6,9 milhões, também apresentou pouca variação em dezembro.
Em dezembro, o número de pessoas que perderam o emprego permanente diminuiu em 164 mil, totalizando 1,7 milhão. Esse número é ligeiramente diferente em comparação ao ano anterior. Já o total de pessoas que estavam temporariamente demitidas, somando 862 mil, manteve-se praticamente inalterado ao longo do mês e do ano.
O número de desempregados de longa duração (aqueles há 27 semanas ou mais sem emprego) também permaneceu estável em 1,6 milhão, mas aumentou em 278 mil em relação ao ano passado. Em dezembro, os desempregados de longa duração representavam 22,4% do total de pessoas desempregadas.
Payroll: outros dados de trabalho divulgados ao longo da semana
É importante destacar que, ao longo desta semana, o relatório Jolts revelou que o número de vagas de emprego nos setores não-agrícolas dos Estados Unidos aumentou para 8,1 milhões no último dia útil de novembro.
Já o setor privado dos Estados Unidos registrou a criação de 122 mil empregos em dezembro, conforme os dados da pesquisa ADP, realizada pelo ADP Research Institute e pelo Stanford Digital Economy Lab.
Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, o resultado veio acima das expectativas do mercado, com a taxa de desemprego apresentando uma desaceleração. No entanto, permanece a impressão de que há uma compensação pelos dados de outubro, quando ocorreram furacões e greves em diversos setores da economia, eventos que foram normalizados em novembro, mas ainda exerceram impacto em dezembro.
“Isso porque o número está bem acima do que se esperaria, considerando o atual ciclo econômico”, complementa.
O economista ainda relembra que a parte relacionada a salários e renda continua crescendo, mas no mesmo ritmo dos últimos meses, o que reforça a ideia de que esse desempenho do payroll é algo temporário, com a expectativa de que os dados de janeiro sejam mais próximos da normalidade.
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