O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi o convidado do Flow Podcast de terça-feira (27), que teve patrocínio da EQI Investimentos.
Em mais de quatro horas de bate-papo com Igor Coelho, Guedes afirmou que o “o teto de gastos o Brasil foi muito mal construído”.
Segundo ele, da maneira em que a regra foi elaborada, o “arcabouço fiscal” faz com que o piso do teto esteja “subindo o tempo inteiro”, comprimindo contra o teto o tempo inteiro, com despesas obrigatórias.
“Temer fez o teto, mas sem parede, nem consertou o chão. Parece a música do Vinicius de Moraes, uma casa muito engraçada”, exemplificou, sobre a medida elaborada no governo de Michel Temer.
Brasil vai crescer mais que a China
Guedes também afirmou que será a “primeira vez em 42 anos” que o Brasil vai crescer mais do que a China.
A China tem projeção de crescimento de 2,8% em 2022 e o Brasil, mais do que isso, de acordo com Guedes – a expectativa do Ministério da Economia é, até aqui, de 2,7%, mas ele afirmou que o país fechará mais acordos comerciais até o fim do ano.
Privatização
Perguntado sobre o que privatizaria no país, Guedes foi taxativo: “Tudo”, inclusive a Petrobras, frisou. A decisão final, contudo, cabe à Jair Bolsonaro em um eventual segundo mandato.
Segundo o ministro, considerando a quantidade de petróleo no território brasileiro, o país deveria ser o terceiro ou quarto maior produtor do mundo. “Por ora está condenado à mediocridade por monopólio ineficiente”, avaliou.
Pandemia
Sobre a pandemia, o ministro afirmou que faltou tolerância com o governo. “As pessoas subiram em cadáveres para fazer política. O país que teve 30 anos de esquerda precisa ter mais tolerância com um governo que teve que lidar com dois anos de pandemia”, disse.
“Surpreendeu a falta de humanidade, de solidariedade, disfarçada de vontade de ajudar. Quer dizer, hipocritamente. O sujeito atacava em vez de ‘olhem, tentem isso, tentem aquilo’”, disse.
Sobre Bolsonaro
Paulo Guedes ainda afirmou no Flow que o presidente Jair Bolsonaro tem “maus modos, mas tem bons princípios, boas intenções”.
No entanto, reconhece que existe um problema de comunicação no governo: “Fazemos tanta coisa interessantes, mas só levamos pau”, disse.
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