O orçamento total dos bancos brasileiros com foco em tecnologia — englobando despesas e investimentos — deve atingir R$ 35,5 bilhões em 2022, segundo as informações da 2ª etapa da pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022, publicada nesta quarta-feira (25).
Caso seja confirmada, esta quantia representará um avanço de 18% em relação aos números de 2021, quando o segmento totalizou R$ 30,1 bilhões.
No que diz respeito ao ano passado, os dados demonstram um forte crescimento do setor, já que os valores registrados evidenciam um aumento de 13% em comparação aos R$ 26,6 bilhões orçados em 2020.
Investimentos cresceram nos bancos
Os investimentos do setor bancário também tiveram um aumento considerável em 2021, com crescimento de 27% em comparação ao ano de 2020, passando de R$ 8,9 bilhões para R$ 11,3 bilhões. Em relação às despesas, houve um avanço de 6%, passando de R$ 17,7 bilhões para R$ 18,8 bilhões.
A pesquisa também revela que, da mesma forma que nos anos anteriores, “o orçamento para software esteve no centro das atenções das instituições financeiras em 2021 e somou R$ 17,4 bilhões, ou 58% do total”, diz a nota da Febraban.
Em comparação ao ano anterior, este resultado mostra um salto de 29% no valor, estimulado pelas frentes: Customer Relationship Management (CRM), Open Finance, analytics e big data.
“O resultado reforça o compromisso da indústria bancária no desenvolvimento de novas funcionalidades em serviços e produtos e também está relacionado com a expansão dos canais de atendimento”, explica Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban.
Investimentos em treinamentos
Segundo o levantamento, os bancos continuam priorizando os investimentos em talentos. Além de investirem em treinamentos de segurança cibernética, o setor aumentou o volume do aporte na área de uma maneira geral.
Em 2021, as instituições bancárias designaram R$ 5,7 milhões em capacitações em segurança cibernética, um acréscimo de 138% em comparação ao ano anterior. De acordo com a pesquisa, 93,6 mil pessoas receberam treinamento em cibersegurança no ano passado, contra 28,6 mil em 2020 – um aumento de 227%.
Home office continua a ser uma realidade
Segundo a Febraban, 53% das instituições bancárias buscarão fortalecer suas estruturas para o desenvolvimento dos trabalhos remotos ao longo do ano — investindo em compras de computadores, softwares, ferramentas de comunicação, segurança de informação, armazenamento em nuvem, conexão com internet e infraestrutura de TI para melhorar o serviço dos seus funcionários.
Sobre os formatos de atendimento nas agências, o estudo aponta que em 2021, 82% dos bancos começaram a usar o home office, 73% diminuíram o horário de atendimento ao público e 55% funcionaram com rodízios de profissionais.
Por fim, 45% dos bancos pretendem manter formas alternativas de trabalho em 2022 — entre elas: trabalho remoto, modelos híbridos e revezamento de profissionais.
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