Integrantes do governo planejam costurar um pacto com líderes do Congresso para acelerar a indicação do novo presidente do Banco Central (BC), que será feita neste segundo semestre pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A estratégia é propor aos parlamentares um cronograma de tramitação no Senado entre agosto e setembro, para que o escolhido seja encaminhado antes das eleições municipais.
A ideia é defendida por governistas como forma de evitar que o processo de troca de comando no BC cause novos solavancos na economia brasileira. A formalização do nome, na visão dessa ala, também enfraqueceria Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, que tem sido alvo de críticas de Lula e do PT. Ele é acusado de ser “bolsonarista” e de dificultar a queda de juros no Brasil.
O assunto deve ser tratado nos próximos dias com o presidente da República. Se Lula anunciar o nome até o fim de agosto, conforme o plano, o governo já prepararia o terreno para a sabatina e votação ocorrerem no esforço concentrado de setembro.
Novo presidente do Banco Central: quais os nomes na mesa?
A decisão do presidente da República deve ser tomada com ajuda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que reforça o favoritismo de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, que foi número 2 da pasta antes de ir para a autarquia monetária.
Em paralelo, outros nomes são cogitados nos bastidores, como Marcelo Kayath, ex-diretor do Crédit Suisse e fundador da QMS Capital. Kayath participou da transição e já foi consultado por Lula em outras ocasiões durante este terceiro mandato. Ele chegou a ser convidado para uma diretoria do BC durante o atual mandato do presidente Lula, mas recusou.
Outros nomes já levantados foram: o do ex-diretor do BC Luiz Awazu; do ex-ministro Guido Mantega; de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES; do economista-chefe do Bradesco (BBDC4), Fernando Honorato Barbosa; e o do economista André Lara Resende, que foi diretor do BC, presidente do BNDES e fez parte da equipe que criou o Plano Real.
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