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Moraes abre investigação sobre suposto uso de informação privilegiada com tarifaço

Moraes abre investigação sobre suposto uso de informação privilegiada com tarifaço

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (21) a abertura de uma nova investigação para apurar o possível uso de informação privilegiada no mercado financeiro, ocorrido no dia 9 de julho — mesma data em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um tarifaço sobre produtos brasileiros.

A decisão foi tomada com base em um pedido protocolado pela Advocacia-Geral da União (AGU), que apontou movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro nas horas que antecederam e sucederam o anúncio do tarifaço. Segundo a AGU, há indícios de que agentes com acesso prévio à decisão de Trump possam ter lucrado com operações de compra e venda de dólares.

“À luz dos fatos noticiados, podemos inferir que eles se inserem em contexto no qual os fatos já em apuração neste inquérito estão além dos ilícitos penais já indicados pela Procuradoria-Geral da República, relacionados à obstrução da Justiça, mas também com possíveis ganhos financeiros ilícitos”, afirma o documento encaminhado ao STF.

Informação privilegiada e tarifaço: filho de Bolsonaro seria um alvo

A solicitação foi feita no âmbito do inquérito que investiga os episódios de 8 de janeiro de 2023 e que tem como um dos alvos o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação apura a atuação de Eduardo junto ao governo norte-americano para influenciar medidas de retaliação contra o Brasil e tentar barrar o avanço da ação penal no Supremo.

No último sábado (19), a AGU formalizou o pedido a Moraes, argumentando que a nova frente investigativa se relaciona diretamente com os crimes já apurados, incluindo tentativas de embaraço à aplicação da lei penal e possível uso do sistema financeiro para benefício próprio.

Eduardo Bolsonaro, atualmente licenciado do mandato e residindo nos Estados Unidos, teve sua licença parlamentar encerrada nesta segunda-feira (21). Na sexta-feira (18), Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal no mesmo inquérito. O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de deixar sua residência entre 19h e 6h, por determinação de Moraes.