O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou “extremamente grave” a recente decisão da Meta (META; $M1TA34) de descontinuar parcerias com organizações de checagem de fatos para moderação de conteúdo em suas plataformas. A declaração foi feita nesta quinta-feira (9), em referência ao anúncio do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre mudanças em sua política de moderação.
“Vou fazer uma reunião hoje, e eu acho extremamente grave [a decisão da Meta]. As pessoas querem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do que quem comete um crime na imprensa escrita”, disse Lula. Ele também ressaltou a importância de respeitar as legislações de cada país.
“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, ou três cidadãos ferirem a soberania de uma nação”, afirmou.
Entenda o caso: vídeo de Zuckerberg anuncia mudança na Meta
Mark Zuckerberg anunciou, em um vídeo publicado na última terça-feira (7), mudanças significativas na política de moderação da Meta. A empresa decidiu abandonar o programa de checagem de fatos, argumentando que deseja “restaurar a liberdade de expressão” em suas plataformas, como Facebook, Instagram e Threads.
No lugar do programa, será implementado o sistema de “Notas da Comunidade”, inspirado no modelo da plataforma X (antigo Twitter). Essa funcionalidade permite que os usuários notifiquem conteúdos potencialmente enganosos diretamente nos posts, mas não responsabiliza organizações ou especialistas independentes pela verificação de informações.
“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por ‘notas da comunidade’, começando nos EUA. Estamos voltando às nossas raízes para priorizar a liberdade de expressão”, afirmou Zuckerberg.
A Meta implementará o novo sistema gradualmente nos próximos meses e promete aprimorá-lo ao longo do ano. Enquanto isso, no Brasil, ainda há incertezas sobre como a mudança será recebida, especialmente pelo STF e o TSE, que têm promovido políticas rígidas contra desinformação nas redes sociais.
Além disso, Zuckerberg sinalizou intenções de dialogar com o presidente dos EUA, Donald Trump, para evitar que conteúdos publicados por empresas americanas sejam censurados em outros países por não atenderem às regulamentações locais.
“Os Estados Unidos possuem a mais forte proteção constitucional para liberdade de expressão do mundo. Já em países da América Latina, ‘tribunais secretos’ podem determinar a retirada silenciosa de conteúdos das plataformas”, disse o CEO.
A decisão da Meta gerou preocupações entre analistas, que consideram a medida um retrocesso no combate à desinformação.
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